
Na obra de Pablo Uribe, um género essencialmente pictórico como a paisagem, funde-se com outro género tradicional: o retrato. Em Atardecer, numa projeção, um homem vestido com uma camisa branca é retratado de corpo inteiro, a três quartos de perfil, olhando frontalmente o espetador.
Em seguida, vagarosamente, começa a imitar sons diurnos de animais nativos: mamíferos, aves, insetos e répteis. Noutra projeção, o mesmo homem, agora de camisa azul celeste, é retratado numa posição similar.
De início aparece calado e imóvel. Depois começa a gesticular e a emitir sons de animais noctívagos. Desta forma estabelece-se um contraponto visual e, sobretudo, sonoro, que acompanha a passagem do dia para a noite.
Ambas as figuras se inscrevem sobre um fundo negro e com uma iluminação fria, muito concentrada, como em Rembrandt. Para descobrir até dia 22 de junho.
Até 22 de junho, Galeria dos Paços do Concelho, Praça do Município (metro: Terreiro do Paço).
Recent Comments