Exílio é uma reflexão plástica sobre os conceitos de casa, habitação, abrigo, perda, deslocação e ausência. Nesta mostra é apresentado um conjunto de esculturas inéditas criadas para o espaço do ateliê. A partir destas esculturas o artista procura estabelecer contactos formais, no espaço que foi a casa e o local de trabalho, íntimo e privado, de Maria Helena Vieira da Silva; e temáticos, ao remeter para a biografia do casal Vieira/Arpad através da referência a um período marcante na vida de ambos: o exílio no Brasil (entre 1940-1947) no contexto da II Guerra Mundial.
Carlos No retoma os temas sociais que tem vindo a trabalhar ao longo dos últimos anos da sua carreira, e retrata o flagelo que continua a afectar milhares de pessoas em todo o mundo e que há setenta anos afectou a vida e a obra da maior artista portuguesa do século XX. A par das esculturas é apresentado um conjunto de desenhos, na maioria inéditos, que fazem parte da sérieSouvenirs que Carlos No vem desenvolvendo desde 2008 e que está relacionada com o tema do exílio e das deslocações forçadas devido a situações de guerra ou instabilidade social.