Nas Terras do Rei Wamba… Há Sementes!
A aldeia que foi cidade destaca-se no imaginário de uma vasta região do nosso país: é uma das estações arqueológicas mais notáveis de Portugal.
Da romana Civitas Igaeditanorum (séc. I a.C.) aos derradeiros reflexos de grandeza do manuelino, sob a Ordem de Cristo, há um longo percurso que passa pela sede episcopal florescente sob suevos e visigodos, pela continuidade simbólica reconhecida por muçulmanos e , posteriormente, pelos cristãos, integrando a aventura da Ordem do Templo entre os sécs. XIII e XIV.
Os vestígios das diversas épocas, evidenciam uma grande permanência civilizacional, a par de uma resiliência incomum. Ancorada numa paisagem de montado e olival, Idanha-a-Velha revive hoje vidas passadas, feitas de lendas e de histórias onde o sustento dos homens andou sempre de mão dada com a terra.
Idanha-a-Velha recorda Wamba, lavrador de condição que um milagre tornou rei dos Visigodos. Hoje, como nesses tempos, as sementes são vitais. Discretas, quase anónimas, muitas delas atravessaram os séculos até aos nossos dias, guardando a chave da nossa sobrevivência.