Não perca a exposição antológica sobre Almada Negreiros na Fundação Gulbenkian e conheça a obra deste artista português, que catalisa a vanguarda nos anos 1910 e atravessa todo o século XX.
Autor profuso e diversificado, Almada (1893-1970) pôs em prática uma conceção singular do artista moderno, desdobrado por múltiplos ofícios. Toda a arte, nas suas várias formas, seria, para Almada, uma parte do «espetáculo» que o artista teria por missão apresentar perante o público, fazendo de cada obra, gesto ou atitude um meio de dar a ver uma ideia total de modernidade.
Esta exposição apresenta um conjunto de obras que reflete a condição complexa, experimental, contraditória e híbrida da modernidade. A pintura e o desenho mostram-se em estreita ligação com os trabalhos que Almada fez em colaboração com arquitetos, escritores, editores, músicos, cenógrafos ou encenadores.
Esta escolha dá também visibilidade à presença marcante do cinema e à persistência da narrativa gráfica ao longo da sua obra. Juntam-se ainda obras e estudos inéditos que darão a conhecer diferentes facetas do processo de trabalho artístico de José de Almada Negreiros.