Esta exposição é composta por um conjunto de fotografias e vídeo, resultado de uma pesquisa realizada em torno dos diferentes tons de azul do céu, ao longo de cinco anos.
“Este projeto teve como ponto de partida o estudo dos possíveis tons da cor do céu quando observado em altitudes compreendidas entre os 0 e os 38.000 metros de altitude em relação ao nível do mar. Imaginemos que nos encontramos numa planície ao nível do mar num dia sem nuvens, olhamos para cima e vemos o céu, com o seu tom azul característico. Agora imaginemos que estamos na mesma planície, mas dentro de um balão de gás hélio com capacidade de ascensão de a 38.000 metros de altitude. À medida que o balão ganha altitude a atmosfera torna-se rarefeita, a diminuição na concentração de moléculas da atmosfera tem efeito direto no espectro visível da luz, fazendo com que o azul fique mais escuro à medida que estamos a subir. Quando chegamos finalmente aos 38.000 metros e olhamos novamente para cima, o céu azul é agora negro… Entre os 0 e os 38.000 metros existem infinitos tons de azul possíveis para o céu. Foi este o ponto de partida desta pesquisa: o registo dos tons de azul do céu existentes nestes intervalos de altitude.”
Márcio Vilela