A mais recente mostra organizada pelo MUDE – Museu do Design e da Moda– O mais profundo é a pele –é uma exposição de pele humana tatuada entre 1910 e 1940, pertencente ao espólio do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, analisada agora na perspetiva científica e médico-legal, filosófica e artística.
Os 61 frascos com fragmentos de pele humana provenientes de corpos autopsiados fazem-se acompanhar de livros de registo com o retrato sociocultural de cada indivíduo tatuado, fotografias, desenhos e a sua localização anatómica, o local, a data e os motivos da tatuagem, bem como os instrumentos de tatuagem da época.
Esta coleção de inestimável valor museológico e científico dá a conhecer, e a sentir, a vivência da Lisboa marginal e boémia e dos seus típicos bairros na primeira metade do século XX, altura em que a tatuagem se misturava com a prostituição, a marinhagem, o fado e a marginalidade.
A exposição faz ainda uma breve incursão pela atualidade, reconhecendo a tatuagem enquanto expressão artística capaz de influenciar outras áreas criativas, como o cinema, odesign, a fotografia e a moda.