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Pedro Tropa

Longe, mais longe,…” A linha horizontal cruza a linha vertical, tocam-se aqui para se distanciarem sempre mais. Assim compreendemos que os olhos nunca poderão ser moldura para a paisagem, ela vai além dos pontos cardeais e repete “longe, mais longe,…” O homem é apenas o eixo, a bússola que tem nas mãos.
A antena procura o outro que, junto da sua antena, procura o outro. A paisagem comunica-se a outra paisagem, conta-nos as suas sinuosidades e os sulcos que a revolvem. Inicia-se o ritual que cura a ferida da distância. A antena acciona o movimento a partir da sua aparente imobilidade: desenha os 360º que a rodeiam e segue num movimento de ascensão.
Mas esse movimento discónico a dois compassos não esquece a raiz que o mantém preso ao solo, e é a partir dessa raiz que lhe vem a ânsia da transmissão, sempre interrompida, imperfeita porque humana. A voz que se ouve do outro lado tem o nome da contingência e por vezes torna-se agreste, fere como a própria paisagem.

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