Ana e Jaime conhecem-se há mais de dez anos. Amam-se mas não estão juntos. As suas vidas não combinam, não encaixam. Tentam então matar o amor. Sem amor as suas vidas tornar-se-iam certamente mais eficientes, mais adequadas às exigências do quotidiano. Porém, entre viagens, trabalho, contas por pagar, rendas, recordações, encontros e desencontros, o que sentem um pelo outro teima em voltar a despontar.
Tentativas para matar o amor,de Marta Figueiredo,texto vencedor do Grande Prémio de Teatro Português SPAutores/Teatro Aberto 2015, retrata uma relação que tem dificuldade em sobreviver à vida contemporânea. Uma das questões centrais com que nos confronta deve ser pensada e sentida numa dimensão política: será que o mundo que criámos não contempla espaço nem tempo para o amor?
Teatro Aberto/Companhia Mascarenhas Martins. Marta Figueiredo, texto; Levi Martins e Maria Mascarenhas, encenação; Cleia Almeida, Eurico Lopes e Tomás Alves, interpretação.