Esta exposição nasce de um convite realizado por Solange Farkas (Curadora e Presidente da Associação Cultural Vídeo Brasil) a Lourenço Egreja (Director Artístico do Carpe Diem Arte e Pesquisa) para realizar uma residência de um mês nos arquivos da ASCVB. A ideia foi pensada no sentido de criar a oportunidade para explorar novas perspectivas sobre o que tem sido a atividade desta instituição ao longo destes trinta anos e realizar uma exposição no CDAP em Lisboa. A exposição apresenta e posiciona-se no âmbito de uma postura curatorial de pesquisa relacionada com a contextualização e praxis da ASCVB: o vídeo.
Questões como o que é a ASCVB, o que faz e para onde caminha são apresentadas ao longo da exposição nas cinco salas do CDAP.
Os documentos escolhidos para responder a todas estas questões são os quatro documentários produzidos por Jasmin Pinto, Marco de Fiol e Atelier Aberto e ASCVB. Estes contextualizam o momento específico do nascimento deste suporte e a sua relação com a televisão, bem como o surgimento do projeto e a sua relação com a ditadura. Também são problematizadas as ambições e metodologias aplicadas nos sucessivos festivais que a ASCVB organizava,primeiro anualmente para depois passar a ser bianual.
Para além destes documentários são apresentadas duas grandes produções realizadas em vídeo. Uma histórica,Rito e Expressão, de 1982, no qual o artista Eder Santos explora questões em torno da estética do barroco, e uma mais contemporânea, VCA Domingo, de 2013, no qual Olafur Eliasson e Karim Aïnouz apresentam uma curta metragem que aborda e desenvolve questões acerca das relações possíveis entre as obras do artista dinamarquês e a cidade de São Paulo.
Para se entender melhor o ambiente visual deste fenómeno Brasileiro são apresentados também os cartazes de todos os festivais organizados pela ASCVB desde 1982 até aos nossos dias.
Com este exercício de pesquisa pretende-se apresentar ao público português uma instituição que, para além da sua longevidade respeitável, tem mantido um evento coerente que permitiu que o vídeo como forma de expressão artística pudesse ter um espaço digno – o festival – no qual a experimentação assume um papel fundamental, quer na credibilização oupremiação comona atividade curatorial não esquecendodas extravagantes exposições acompanhadas de técnicas totalmenteavant-garde.
Os autores dos documentários:
Jasmin Pinto
Marco de Fiol
Atelier Aberto
Os autores dos vídeo:
Eder Santos
Olafur Eliasson e Karim Aïnouz
LOCAL
Carpe Diem Arte e Pesquisa
Rua de O Século, 79, 1200-433 Lisboa