O Museu de Arte Contemporânea de Serralves apresenta “A Time Coloured Space”, uma exposição do artista francês Philippe Parreno que é inaugurada esta sexta-feira.
A primeira mostra do artista em Portugal ocupa a totalidade do museu e é concebida em diálogo com a arquitetura de Álvaro Siza, numa continuação do programa de exposições de artistas aclamados internacionalmente que exploram o contexto singular de Serralves.
Comissariada por Suzanne Cotter, Diretora do Museu, a exposição ocupará todas as 13 salas do Museu, estendendo-se pelos dois pisos e ainda para o Auditório.
A exposição é estruturada segundo o modelo matemático da fuga e concebida em torno da ideia de contraponto, um princípio segundo o qual uma determinada passagem é repetida em intervalos regulares numa peça ou arranjo musical, para dar significado à composição.
Regendo-se por um método semelhante, “A Time Coloured Space” é determinada não pelos seus “objetos”, mas pela cadência e o ritmo do aparecimento destes. A exposição inclui alguns dos trabalhos mais emblemáticos de Parreno, criados desde os anos 1990 até aos nossos dias, assim como obras recentes concebidas especificamente para este contexto.
Para marcar a inauguração da exposição, agendada para esta sexta-feira, o pianista Mikhail Rudy interpretará a Fuga nº 24 em ré menor de Chostakovitch. Durante todo o período da exposição, patente até 7 de maio, a composição será repetida num piano Disklavier através de um programa informático que tentará assimilar a partitura, numa contínua iteração que, por seu turno, ativará luzes, uma parede giratória e os estores das janelas que permeiam o enquadramento da exposição.
“Philippe Parreno: A Time Coloured Space” é uma exposição organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves, comissariada por Suzanne Cotter, Diretora do Museu, acompanhada por uma publicação escrita por Adam Thirlwell em colaboração com Philippe Parreno.