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Abordagem às dependências deverá centrar-se no humanismo e na proximidade, afirma Rui Luís

O Secretário Regional da Saúde realçou hoje, em Angra do Heroísmo, a importância de uma intervenção baseada num modelo de tratamento integrado centrado na pessoa e baseado nos princípios de humanismo e proximidade.

 

“É necessário, cada vez mais, reforçar respostas diferenciadas de acordo com as necessidades e grau de dependência e contingências sociais do utente. É preciso olhar as diferentes dimensões da pessoa no seu percurso terapêutico como um fato feito à medida”, salientou Rui Luís, que falava à margem de uma visita à equipa de intervenção e comportamentos aditivos e dependências ‘Percursos’, da Unidade de Saúde da Ilha Terceira, acrescentando que a abordagem às dependências não pode ser apenas com vista à abstinência total para todos.

 

“Estas equipas implementam diferentes programas, que vão desde a prevenção indicada, programas livres de drogas, programas de manutenção por substituição opiácea, até aos de redução de danos, sendo de extrema importância que a comunidade compreenda esta dimensão”, frisou o titular da pasta da Saúde.

 

O projeto ‘Percursos’ enquadra-se nesta metodologia, permitindo a rápida acessibilidade do cidadão a este recurso, sendo que, quanto mais cedo se inicia o tratamento, maiores são as probabilidades de ganhos em saúde.

 

Numa segunda vertente, o ‘Percursos’ encaminha doentes com necessidade de uma intervenção mais específica em regime de internamento para unidades de desabituação nos Açores, nomeadamente as casas de saúde, ou para comunidades terapêuticas no continente.

 

“De acordo com o modelo integrado, estas unidades de tratamento devem adequar-se às caraterísticas dos diferentes subgrupos da população com comportamentos aditivos e dependências, atendendo aos contextos sociais, à substância e ao grau da perturbação aditiva”, frisou Rui Luís.

 

O projeto ‘Percursos’ acompanhou no primeiro semestre deste ano 450 utentes, distribuídos pelo Programa Livre de Droga, pelo Programa de Manutenção por Substituição Opiácea e pelo Programa de Redução de Danos em Baixo Limiar, num total de 2.500 atos terapêuticos.

 

À semelhança da equipa ‘Percursos’, existem equipas de intervenção em comportamentos aditivos e dependências em toda a Região.

 

Na sua maioria, estas equipas estão enquadradas nas Unidades de Saúde de Ilha, sendo que a do Faial está integrada no Hospital da Horta e as de São Miguel em três Instituições Particulares de Solidariedade Social.

 

“Os benefícios que resultam da ação destas equipas não se restringem ao utente em acompanhamento, mas é toda uma comunidade que beneficia com a redução das problemáticas associadas, como pequenos delitos e diminuição das doenças infeciosas” frisou o Secretário Regional.

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