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Açores têm grande potencial para “servir de laboratório em estudos e projetos de investigação”, afirma Ana Cunha

A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas destacou hoje, em Ponta Delgada, o potencial do arquipélago dos Açores para “servir de laboratório de estudos e projetos de investigação, desenvolvimento e inovação” na área da Geotecnia.

 

Ana Cunha, que falava na abertura do 16.º Congresso Nacional de Geotecnia, frisou que, ao fim de 33 anos, “a Sociedade Portuguesa de Geotecnia, com o forte empenho e colaboração do Governo dos Açores e do Laboratório Regional de Engenharia Civil, decidiu realizar o primeiro congresso fora do território continental, integrando as áreas da geologia de engenharia, da mecânica dos solos e da mecânica das rochas e proporcionando também o convívio associado à troca e atualização de conhecimentos entre os especialistas ligados à investigação, ao ensino, ao projeto, à construção, à manutenção e à exploração de obras na área da Geotecnia”.

 

Para a titular da pasta das Obras Públicas, “eventos desta natureza permitem acolher e reunir especialistas, com o objetivo de divulgar e debater o estado de arte num determinado tema”.

 

Ana Cunha salientou também que, “ainda este ano, a Região receberá, pela primeira vez, o simpósio mundial de redes de águas prediais e, também pela primeira vez, o Congresso Nacional de Geologia”, dois eventos que farão deslocar aos Açores cerca de 1.000 participantes de todo o mundo.

 

“Para além dos evidentes benefícios em termos turísticos, a realização destes eventos permite dar a conhecer à comunidade científica nacional e internacional as especificidades e particularidades da Região nas várias áreas científicas, e permite ainda atualizar o conhecimento da comunidade técnico-científica do arquipélago, com o estado de arte nestas áreas, com a mais valia de proporcionar o contacto direto com realidades geológicas e geotécnicas específicas de uma região vulcânica como os Açores”, afirmou a Secretária Regional.

 

Ana Cunha assegurou que o Governo dos Açores “está fortemente empenhado em trabalhar, passo a passo, de forma consistente, contínua e ponderada” para “contribuir ativamente para que os setores de atividade ligados à engenharia, construção civil e obras públicas da Região, possam dispor de um conjunto de instrumentos de formação e atualização do conhecimento que os ajudem a implementar processos de mudança com vista à melhoria contínua dos serviços prestados, à adequação e atualização dos seus processos e técnicas construtivas com as mais recentes inovações nesta área e à divulgação do que melhor e mais atual se faz a nível global nas áreas de interesse e especialização tecnológica dos Açores”.

 

Na sua intervenção, recordou que o Governo dos Açores “tem vindo, ao longo dos anos, a promover a formação e qualificação nas suas mais variadas vertentes”.

 

“Entendemos que a formação e qualificação dos Açorianos é uma das áreas em que devemos apostar fortemente, com vista à divulgação do conhecimento e à melhor preparação possível de todos, para os desafios que vão enfrentando”, afirmou.

 

Para Ana Cunha, “a promoção, por parte do Governo dos Açores, através do Laboratório Regional de Engenharia Civil, de cursos e eventos científicos na Região permite qualificar e especializar as empresas e os seus técnicos, proporcionando-lhes um contacto essencial com a realidade local, nacional e internacional, promovendo a transmissão de conhecimento por especialistas das mais variadas áreas de interesse, com uma significativa redução do investimento necessário para a sua obtenção”.

 

Neste âmbito, “têm sido promovidos dezenas de cursos, seminários, workshops e congressos, os quais permitiram formar e transmitir novas competências e saberes a centenas de Açorianos e residentes nos Açores”, referiu a Secretária Regional.

 

Ana Cunha adiantou que, em 2018, continua a ser dada “grande prioridade à redução dos custos de contexto das empresas açorianas, à adaptação da oferta laboratorial e científica, à realidade regional e à divulgação do conhecimento científico e tecnológico” em toda a Região, já que, através da tecnologia Webex, torna-se possível a participação dos interessados, independentemente da ilha onde estejam, fazendo uso da “rede de comunicação que permite que a informação e o conhecimento cheguem, de uma forma facilitada e com custos reduzidos, a quem deles necessitem”.

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