Desde os primórdios da nacionalidade até à atualidade, o antigo Ministro do Ultramar do Estado Novo traçou o percurso da nação – glosando, de resto, um princípio curioso segundo o qual “o Estado afirma a Nação, e não o contrário” – concluindo que “Portugal e Espanha são os responsáveis pela globalização sem ordem com que nos confrontamos hoje”, dada a forma com ambos os países repartiram um “império euromundista”.
A situação atual de Portugal é a de “um país que sofre as consequências de decisões em que não participa”, afirmou Adriano Moreira, para quem, no entanto, “o 25 de Abril faz parte do património mundial”. Talvez por isso o preletor se tenha manifestado muito preocupado com a “cascata atómica em que uma simples leviandade pode desencadear uma guerra avassaladora”, fruto dos avanços da técnica e da ciência “sem consciência”.
Mas “a culpa não pode morrer solteira”, disse, reivindicando a autoria do jargão popular enquanto revelou alguns episódios bem humorados de algumas das suas passagens pelos corredores do poder.