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Adriano Moreira defendeu nas Conferências de Abril que “o passado é o grande construtor do futuro”

“Eu quando não puder falar de pé calo-me”. Foi com esta frase que Adriano Moreira abriu, ontem à noite, a sua conferência, na Casa Branca de Gramido, no âmbito das comemorações dos 44 anos do 25 de Abril. Sempre com um apontamento humorado e dentro da linha de pensamento que “o passado é o grande construtor do futuro”, Adriano Moreira desenvolveu a sua ideia sobre “o eixo da rota da identidade portuguesa”, perante um auditório interessado e curioso a que não faltaram o Presidente e o Vice-Presidente do Município de Gondomar, Marco Martins e Luís Filipe de Araújo.

Desde os primórdios da nacionalidade até à atualidade, o antigo Ministro do Ultramar do Estado Novo traçou o percurso da nação – glosando, de resto, um princípio curioso segundo o qual “o Estado afirma a Nação, e não o contrário” – concluindo que “Portugal e Espanha são os responsáveis pela globalização sem ordem com que nos confrontamos hoje”, dada a forma com ambos os países repartiram um “império euromundista”.

A situação atual de Portugal é a de “um país que sofre as consequências de decisões em que não participa”, afirmou Adriano Moreira, para quem, no entanto, “o 25 de Abril faz parte do património mundial”. Talvez por isso o preletor se tenha manifestado muito preocupado com a “cascata atómica em que uma simples leviandade pode desencadear uma guerra avassaladora”, fruto dos avanços da técnica e da ciência “sem consciência”.

Mas “a culpa não pode morrer solteira”, disse, reivindicando a autoria do jargão popular enquanto revelou alguns episódios bem humorados de algumas das suas passagens pelos corredores do poder.

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