A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas afirmou hoje, em Ponta Delgada, que o processo de alienação de 49% do capital da SATA está em análise, frisando que, neste momento, “aquilo que se pretende da empresa não depende em exclusivo desse processo”.
“O futuro do grupo não está depende da privatização”, salientou Ana Cunha, que falava à margem da cerimónia de tomada de posse do novo Conselho de Administração do Grupo SATA, acrescentando que, “depois de analisada a proposta da aquisição de 49% do capital social, será elaborado um relatório” para ser divulgado publicamente.
Questionada pelos jornalistas sobre a situação financeira e a credibilidade da companhia aérea regional junto dos Açorianos, a Secretária Regional referiu que “o desafio do Conselho de Administração é tornar a empresa autossustentável e eficiente”.
Na intervenção que proferiu na cerimónia, Ana Cunha destacou o “compromisso que o Governo dos Açores tem com a SATA, que advém não só do facto de o Executivo ser o representante do acionista da SATA, mas também porque a companhia aérea presta um contributo decisivo para as acessibilidades aéreas de e para o arquipélago”.
O novo Conselho de Administração da SATA é presidido por António Luís Gusmão Teixeira e tem como vogais Ana Maria da Silva Azevedo e Vítor Manuel de Jesus Francisco Costa.
A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas revelou alguns dados do Serviço Regional de Estatística relativos ao período de 2012 a 2017, “que evidenciam taxas de crescimento significativas no número de passageiros movimentados nos voos territoriais e nos voos internacionais”.
Ana Cunha salientou que, face a estes dados, “é vital não perder de vista aquilo que é essencial”, afirmando que “é a SATA que deve estar ao serviço dos Açores e dos Açorianos e não o contrário, sendo que, para isso, deve ser autossustentável e saber posicionar-se no mercado”.
A Secretária Regional afirmou ainda que o Conselho de Administração que agora tomou posse “tem como missão bem definida fazer regressar a SATA a níveis de qualidade de serviço aos Açorianos e de capacidade de resposta às suas solicitações, nunca pondo em causa a sustentabilidade económica, financeira e laboral do grupo”.