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Apresentação do livro dos sonhos de Rita Redshoes, com Nuno Artur Silva

“Enquanto dormimos nós viajamos no tempo. O sonho é um universo de liberdade”, afirmou Rita Redshoes, dia 20 de Outubro, durante a apresentação do seu livro “Sonhos de Uma Rapariga Quase Normal”, no FOLIO – Festival Literário de Óbidos. A apresentação esteve a cargo de Nuno Artur Silva que, curiosamente, era o apresentador de um programa do Canal Q onde Rita Redshoes conheceu o editor Manuel Fonseca, do qual surgiu a ideia para esta obra.

Com uma grande facilidade em recordar-se dos seus sonhos, a autora já tinha escrito alguns contos com histórias passadas a dormir e quando as enviou ao editor foi desafiada a publicá-los. “São sempre sonhos, no mínimo, bizarros e diverti-me muito a escrevê-los”, contou. Cada um dos 40 contos é acompanhado de uma ilustração.

Nuno Artur Silva estava muito entusiasmado com o tema, salientando que um terço das nossas vidas é passado a dormir, mas dá-se pouca atenção ao que se passa nos sonhos. Foram, por isso, muitas as perguntas que foi colocando à escritora, pela facilidade com que esta se recorda do que se passa enquanto dorme. Rita Redshoes, licenciada em Psicologia Clínica na vertente de psicanálise, acredita muito na importância dos sonhos e acha mesmo que há que tirar algumas conclusões sobre eles. Já, por várias vezes, teve premonições que acabariam por se concretizar na realidade, daí achar que se pode viajar no tempo durante os sonhos.

O moderador desta apresentação referiu ainda como o medo passou a ter um papel mais vincado nos sonhos com os mais recentes acontecimentos na Europa, “onde antes nos sentíamos mais protegidos”. Segundo a autora do livro, foi por ocasião da crise que mais sentiu esse medo.

No início da apresentação, Nuno Artur Silva, anunciado ontem como novo Secretário de Estado dos Media, recordou a sua ligação ao FOLIO, nomeadamente na sua criação. O também escritor contou como José Pinho, da Ler Devagar, lhe falou no sonho de criar um festival literário em Óbidos. Nuno Artur Silva e José Eduardo Agualusa foram os primeiros curadores anunciados para o FOLIO, mas o primeiro acabou por ter de deixar o cargo porque foi convidado para a direção da RTP. Cinco edições depois, Nuno Artur Silva ficou muito contente por ver que “este é um sonho concretizado e povoado de pessoas”.

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