Fausto Reis apresentou este sábado, dia 15, na Biblioteca Municipal de Elvas Dra. Elsa Grilo, o seu livro “Entre as Brumas da Memória”, das Edições Esgotadas.
A apresentação da obra contou com a presença do escritor, bem como da vereadora Vitória Branco, em representação da Câmara Municipal de Elvas, tendo esta sublinhado a importância da literatura para a formação de públicos.
A obra, que tem como cenário o Forte da Graça, e é um romance “anticrítico e que contém, fascinantes histórias de amor e aterradoras narrativas da guerra colonial. O principal suporte físico do imaginário é o grandioso e hercúleo Forte da Graça e a cidade fortificada de Elvas: património mundial. Simboliza todas as prisões, locais de tortura e anti liberdades, onde a PIDE exercia o seu poder. O romance é também uma estátua aos colonos, a todos os “Viriatos”. E, mais em concreto, aos assassinados nos hediondos massacres, como no Cassanje, norte de Angola. Fecundos fados, além, onde o carácter destemido e aventureiro do povo Luso obrava fidalgamente a terra, administrava indústrias ou negócios para a melhoria das condições de vida e do sustento das famílias. Uma reprovação à guerra, ao domínio do homem pelo homem e às malignas visões imperialistas”, pode ler-se na sinopse da obra.
Fausto Reis é licenciado em Gestão na Universidade Católica e Pós-Graduado em Banca, Bolsa e Seguros, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, e foi diretor do BPI. Em termos literários, da sua bibliografia destaca-se a publicação “Tempos sem fim”, 4.ª edição. Apaixonado pelo Alentejo, há alguns anos numa visita a Elvas com a família, visitou o Forte da Graça e de tal forma o impressionou que leu mais sobre este monumento e imaginou um romance, sem valor histórico, mas sustentado em muitos factos verídicos, ao nível militar, politico e económico, nível social e cultural de Elvas, de Portugal e de Angola, sobretudo factos passados no ano de 1961, que deu origem ao livro “Entre as Brumas da Memória”.