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Associativismo deve acompanhar dinâmica da diáspora e a terra de origem, afirma Diretor Regional das Comunidades

O Diretor Regional das Comunidades defendeu, no Canadá, a importância do associativismo comunitário “ser fiel à sua identidade”, mas “aberto ao mundo e acompanhando a dinâmica da comunidade e a terra de origem”.

“As nossas associações constituem espaços privilegiados da preservação da nossa forma de ser e estar no mundo, outrora levada pelo nosso povo emigrado e mantida por um saudosismo genuíno”, afirmou Paulo Teves, que falava sábado na sessão comemorativa do 40.º aniversário da Casa dos Açores do Quebeque, sublinhando que “devem olhar sempre o futuro como continuidade e reforço do trabalho até agora desenvolvido”.

“Orgulhamo-nos da nossa diáspora pela forma como dinamizam, junto dos Açorianos emigrados, as diversas manifestações culturais, como incentivam os mais novos e já aqui nascidos fora do espaço insular a uma participação mais ativa no associativismo comunitário, mas também pela sua abertura à sociedade que partilha o mesmo espaço geográfico”, frisou o Diretor Regional das Comunidades.

Para Paulo Teves, “estas três grandes áreas de atuação constituem, sem sombra de dúvida, a perfeita simbiose para honrar o passado, dinamizar o presente e assegurar a perpetuação no futuro”.

Neste sentido, considerou que “o associativismo comunitário deve assumir-se, por um lado, como porta-voz primeiro dos anseios dos Açorianos e descendentes e, por outro, abrir-se à realidade geográfica onde está sediado, alargando o seu leque de atividades em áreas mais abrangentes e que vão ao encontro dos desígnios da Região”.

Paulo Teves considerou que esta atitude proativa, responsável e com sentido de compromisso, contribuirá, cada vez mais, para a valorização da Região e para a sua afirmação nos contextos nacional e internacional, dignificando o Povo Açoriano.

Nesta sessão comemorativa que assinalou quatro décadas de existência da Casa dos Açores do Quebeque, que contou com a participação de cerca de 200 pessoas, entre as quais o Embaixador de Portugal em Otava, João da Câmara, e o Cônsul Geral de Portugal em Montreal, António de Carvalho Barroso, o Diretor Regional salientou a relevância desta organização no Quebeque, como “enriquecimento do património e diversidade cultural existente no Canadá”.

“As associações açorianas das nossas comunidades são, por excelência, espaços congregadores de todos os que se identificam e vivem a Açorianidade, quer por nascença, quer por herança geracional, ou mesmo por afetividade às nossas ilhas”, sublinhou.

Ainda no âmbito destas comemorações, o Diretor Regional das Comunidades participa hoje na Missa Solene e nas Sopas do Divino Espírito Santo, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Laval.

Fundada em 1978, a Casa dos Açores do Quebeque tem como objetivos congregar a comunidade açoriana radicada nesta província canadiana, preservar e divulgar os seus valores culturais nas mais variadas vertentes e promover os Açores no Canadá.

Depois de vários anos em instalações provisórias, inaugurou a sua sede atual a 22 de março de 1997, dispondo de um salão, biblioteca, sala de reuniões e bar.

Tem desenvolvido diversas atividades com caráter permanente, como o Centro de Dia ‘REVIVER’  um dos principais projetos da Casa dos Açores do Quebeque, criado em novembro de 2004, com o objetivo proporcionar aos idosos formas de convívio, o Grupo de Cantares ‘Recordações’ e o Rancho Folclórico ‘Ilhas de Encanto’, bem como outras iniciativas, nomeadamente exposições de pintura, palestras, exibição de filmes/documentários sobre os Açores, apresentações de livros de autores açorianos e/ou de temática açoriana, mostras de artesanato, apresentações de folclore e música tradicional, encontros de jovens, e celebrações do Dia dos Açores e da Festa do Divino Espírito santo, entre outras.

A Casa dos Açores do Quebeque é membro do Conselho Mundial das Casas dos Açores desde a sua fundação, em 1997, tendo assumido a sua presidência por duas vezes, em 2000 e 2015.

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