O Secretário Regional da Educação e Cultura realçou hoje, na Horta, os “passos de gigante” que se deram nas últimas décadas no setor da educação, com a construção de muitas escolas, a formação de professores, a elevação da taxa de escolarização e a erradicação do abandono escolar tradicional.

Avelino Meneses salientou que, apesar dos progressos “grandes ou pequenos, mas contínuos”, os resultados da participação dos estudantes dos Açores nos exames nacionais permanecem “ainda insatisfatórios”, pelo que esta situação “constitui um dos nossos principais desafios”.

O Secretário Regional, que falava na Assembleia Legislativa, numa interpelação ao Governo sobre os resultados dos exames e provas nacionais obtidos nas escolas dos Açores no ano letivo de 2016/2017, frisou que diariamente se procuram “soluções de compromisso e de comprometimento” que façam da escola “um meio de aprendizagem para todos”.

Foi neste sentido, acrescentou, que o Governo dos Açores construiu o plano integrado de promoção do sucesso escolar ProSucesso-Açores pela Educação, que vigora até 2025 e inclui todos os programas pedagógicos já experimentados no combate ao insucesso e ao abandono escolar.

Avelino Meneses considerou, igualmente, que os indicadores disponíveis relativos ao ano letivo de 2016-2017 “transmitem esperança”, apesar do sistema escolar nos Açores ainda não ter atingido os “patamares de excelência” desejados.

Nos últimos cinco anos, registou-se uma redução “considerável” de retenção de menos 8% no 1.º Ciclo, de 10% no 2.º Ciclo e de 11% no 3.º Ciclo, salientou.

Para o Secretário Regional, a “conjugação” da melhoria dos exames externos e o decréscimo das retenções internas constituirá “a base de construção de percursos escolares de sucesso”, que “seguramente” conduzirão os estudantes açorianos à conclusão da escolaridade obrigatória “no tempo próprio e com as devidas aprendizagens”.

Por outro lado, Avelino Meneses considerou que, se a divulgação dos resultados escolares em forma de ranking confere “maior transparência” ao sistema educativo, trata, porém, de “um modo igual aquilo que é manifestamente diferente”.

“Manda a prudência que se relativizem os resultados dos exames nacionais quando convertidos em rankings de escolas”, afirmou o Secretário Regional.