O BE/Madeira, partido que perdeu a representação no parlamento regional nas eleições de 22 de setembro, considera que a esquerda vive “a pior crise da história da autonomia”, mas promete fazer “oposição na rua”.
“A oposição será feita na rua, pois no parlamento verifica-se um quase unanimismo favorável à hegemonia neoliberal que quer destruir o que resta do Estado social e dos serviços públicos”, refere o partido em comunicado de imprensa divulgado hoje, na sequência da reunião da comissão política regional, que decorreu no Funchal.
Bloco de Esquerda elegeu dois deputados à Assembleia Legislativa da Madeira em 2015, mas perdeu a representação parlamentar nas regionais de 22 de setembro.
O PSD venceu sem maioria absoluta (21 deputados num total de 47), situação que motivou uma coligação de governo com o CDS-PP, o terceiro partido mais votado, com três mandatos.
“Os primeiros sinais deste Governo dizem-nos ao que vem: reforçar a concentração da riqueza e do poder nos ‘donos disto tudo’ e continuar a empobrecer quem vive do seu trabalho”, afirma a comissão política do BE, partido liderado na região por Paulino Ascensão.
Os bloquistas afirmam que vão continuar “a batalhar”, mesmo fora do parlamento, na defesa dos serviços públicos de saúde e de educação e pela “dignidade de quem trabalha”.
“O Bloco continuará a defender as causas que no parlamento não terão porta-voz, o combate ao conservadorismo social que oprime as mulheres, a comunidade LGBTI+ no respeito pela dignidade e pela humanidade de todos”, lê-se no comunicado.