O subpalco do Teatro Municipal do Porto – Rivoli acolheu os músicos britânicos para mais um concerto que deixou marcas. No corpo e na memória, pelo menos na dos nervos.
A programação muito característica do Understage mergulhou, no sábado, numa cascata de água turva, com frequências e ondas em volumes carregados. De riff em riff, alguns dos membros mais prolíficos da cena pesada britânica criaram mantras pesarosos, inquietaram almas e levaram o público por uma exercício contínuo de indução de alucinação por abusos físicos.
Os Bong voltaram, como é habitual, a oferecer experiências sensoriais que ultrapassam o imediato da audição, que se sentem no corpo e se prolongam na memória nervosa. Respeitando, de resto, o instrumento de experiências sensoriais – quiçá alucinogénicas – que lhes dá nome.
O registo do Understage do Rivoli muda substancialmente dentro de um mês, quando receber o norueguês Lars Holdhus, aka TCF, antecipando a sua próxima edição pela editora germânica PAN.