A Câmara do Porto vai investir quase quatro milhões de euros nareabilitação de 96 fogos no centro histórico, com capacidade para alojar 300pessoas.
“No fim deste programa vamos colocar 300 pessoas no centrohistórico. Uma grande parte são pessoas novas. Menos de meia dúzia de fogosestão habitados e pessoas vão-se manter. Em alguns casos, vamos usar estascasas para transferências dentro do centro histórico. Só este programarepresenta 3% da população do centro histórico”, revelou ontem Manuel Pizarroem reunião de executivo.
Para a Câmara do Porto este é o primeiro programa público parafazer regressar as pessoas ao centro histórico. “Nunca tinha havido umapolítica da Câmara do Porto que visasse trazer pessoas da periferia para ocentro histórico”, afirmou Pizarro. Numa primeira fase, autarquia vai dar oportunidadede regresso às pessoas que saíram do centro histórico para bairros e só depoiscolocará os outros.
Rui Moreira disse a propósito que a futura preocupação da Câmara”será ter mercado de arrendamento disponível para a classe média, porque tambémtem direito a viver no centro histórico. O mercado não tem capacidade paradisponibilizar arrendamento em condições sustentáveis para a classe média,muito menos para habitação social”, afirmou o presidente da Câmara, assumindo existir”uma falha de mercado no centro histórico, mas que não é justo dizer que é porcausa do turismo”.
Segundo Rui Moreira, “muitas pessoas saíram do centro histórico porquequiseram sair” e “agora que o centro histórico tem outras condições, a maréinverteu-se”.
Os edifícios situam-se na rua da Arménia, rua de Trás, rua doInfante D. Henrique, rua de Cima do Muro, rua da Reboleira rua Tomás Gonzaga erua D. Hugo.