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Casa da Boavista, Teatro do Bolhão e Universidade Católica vencem o Prémio João Almada 2017

A Câmara do Porto aprovou hoje, em reunião de Executivo Municipal, a atribuição do Prémio João de Almada 2017 à Casa da Boavista, ao Teatro do Bolhão e à Universidade Católica do Porto.
 
A reabilitação do edifício Casa da Boavista, na Rua de António José da Costa 53, venceu na Categoria de Edifícios Residenciais,  por decisão do júri que teve em conta o facto de representar “um exemplo relevante de reabilitação arquitetónica de ‘casas do Porto’, tratando-se de uma obra que, respondendo às exigências do habitar contemporâneo, integra qualificadamente tipologia, materiais e sistemas construtivos reconhecíveis na pormenorização desta obra pertencente à herança patrimonial portuense”.
 
O prémio tem um valor pecuniário de 10.000 euros, correspondendo 7.000 euros à arquiteta Joana Leandro de Vasconcelos (Atelier in.Vitro), que repartirá os outros 3.000 euros com o coproprietário do imóvel, Tiago Ilharco.
 
Nesta mesma categoria, foi atribuída Menção Honrosa (sem valor pecuniário) às habitações:
– sita na Rua de Nossa Senhora de Fátima 481, projeto de reabilitação da autoria dos arquitetos João Baptista da Costa e Pedro Guedes de Oliveira, sendo proprietário Pedro Luís Lameira Franco;
– sita na Rua de Álvares Cabral 126, projeto de reabilitação da autoria de Alexandre Filipe Braga Loureiro, sendo proprietário Manuel Cândido Alves da Costa.
 
ACE/Teatro do Bolhão e Universidade Católica
 
A reunião de Câmara de hoje aprovou também a atribuição ex-aequo do Prémio João de Almada 2017, na Categoria de Edifícios Não Residenciais, à Academia Contemporânea do Espetáculo / Teatro do Bolhão, pela reabilitação do edifício Palácio do Bolhão (Rua Formosa, 342-346), e à Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto, pelo projeto de expansão da Universidade Católica (Rua do Paraíso da Foz, 86-100).
 
A proposta do júri sublinhava o reconhecimento d'”a excelência e o caráter exemplares – para a cidade e para a arquitetura – a ambas estas intervenções”, acrescentando que a alteração do regulamento do prémio deu origem “a sábia introdução de novos programas (não residenciais)”, a qual “resultou não só em reconhecida valorização do património herdado, como em estimulante resposta às políticas de reabilitação urbana contemporânea”.
 
Ainda de acordo com o júri, “a capacidade de adequar novos programas em obras do património herdado, evitando a sua demolição e valorizando a preexistência, é um superior contributo para garantir a autêntica identidade e memória da nossa cidade”.
 
Este Prémio vai corresponder a um valor de 3.500 euros a atribuir ao arquiteto José Manuel dos Santos Gigante e de 1.500 euros à ACE/Teatro do Bolhão, bem como de 3.500 euros para o arquiteto Álvaro Siza e de 1.500 euros para a Universidade Católica.
 
Em Edifícios Não Residenciais, foram atribuídas Menções Honrosas (sem valor pecuniário) a:
– Fundação Instituto Arquiteto José Marques da Silva (Praça do Marquês de Pombal 44), projeto de reabilitação da autoria dos arquitetos Sérgio Fernandez e Alexandre Alves Costa, sendo proprietária a Fundação;
– Igreja e Torre dos Clérigos, projeto de reabilitação da autoria do arquiteto João Carlos Martins Lopes do Santos, sendo proprietária a Irmandade dos Clérigos;
– E-Learning Café – Botânico (Rua do Campo Alegre 1191), projeto de reabilitação da autoria dos arquitetos Nuno Valentim e Margarida Carvalho, sendo proprietária a Universidade do Porto.
 
O Prémio João de Almada é atribuído bienalmente aos melhores exemplos de reabilitação concluídos e, nesta edição, foram enquadradas e regularmente admitidas 31 candidaturas no total, o que – segundo o júri – “revela uma notável adesão aos objetivos deste Prémio, num momento especialmente relevante para a reabilitação na cidade do Porto”.
 
Por isso, o júri congratulou-se perante “o elevado número de candidaturas apresentadas, as quais se distribuem por diferentes zonas da cidade e abrangem uma grande diversidade de tipologias arquitetónicas, relativas a obras realizadas em edifícios com programa, escala e complexidade de intervenção muito distintos”.
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