As Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC) foram anunciadas pelo Executivo liderado por Paulo Cafôfo no início do ano, como uma das novas abordagens para garantir a proteção de pessoas e bens nas Zonas Altas do concelho, dotando os cidadãos comuns de meios para saber comportar-se numa primeira resposta a situações de catástrofe.
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Com génese nas ferramentas de Democracia Participativa que o atual Executivo da Câmara Municipal do Funchal implementou durante o seu primeiro mandato, as ULPC são um grande passo em frente no que diz respeito à proteção de pessoas e bens, envolvendo a população na primeira resposta a situações de catástrofe, de forma a minimizar os riscos de desastre. A sua instalação é prioritária em territórios sensíveis a estas situações e estas têm um caráter permanente, devendo funcionar em estreita colaboração com as entidades responsáveis pela Proteção Civil e a população local. Esta ligação permitirá que, quando avisados pelas entidades competentes, os elementos responsáveis pela ULPC mobilizem os meios necessários para preparar a restante comunidade para agir perante a eminência de determinado desastre, diminuindo o efeito surpresa que assola muitas vezes as populações das zonas afetadas.
Durante as calamidades, crianças, adolescentes, pessoas idosas, com deficiência e outros grupos vulneráveis sofrem, muitas vezes, com a ausência ou escassez de ações direcionadas prioritariamente à sua proteção. Assim, as ULPC virão viabilizar, uma vez mais, espaços participativos e democráticos dentro da comunidade, com o propósito de agregar ações de Proteção Civil junto da população, à base de uma equipa de voluntários em cada escola, bairro ou território mais isolado.
O Serviço Municipal de Proteção Civil do Funchal tem trabalhado, desde o início do ano, na implementação destes projetos, que pela sua novidade e especificidade, exigem tempo e a adequada pedagogia e formação junto das populações-alvo. Todas as Unidades Locais de Proteção Civil do Funchal reger-se-ão por um Regulamento de Funcionamento comum e serão organizadas e operacionalizadas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, dado que este é o organismo que tem estrutura técnica capaz de uniformizar todo o processo da sua constituição e manutenção. As Juntas de Freguesia terão, igualmente, um papel determinante na sua operacionalização.