O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje que a obra de proteção e estabilização da zona costeira da Barra, em Santa Cruz da Graciosa, está a decorrer “a bom ritmo”, depois de ter sofrido algumas interrupções devido a condições meteorológicas adversas.
Gui Menezes, que falava à margem de uma visita à empreitada, no âmbito da visita estatutária do Governo Regional, salientou o facto desta intervenção ter “algumas particularidades”, nomeadamente a utilização de estruturas inovadoras, os ‘accropodes’, “que necessitam de algum trabalho no mar”, e que exige, por isso, “boas condições meteorológicas”.
“A utilização de ‘accropodes’ constituí uma inovação a nível nacional”, frisou Gui Menezes, acrescentando que, “visualmente, causam menos impacto em comparação com outros tipos de blocos de proteção”.
A obra de proteção e requalificação da Baía da Barra, que corresponde a um investimento superior a 7,5 milhões de euros, cofinanciado por fundos estruturais europeus, consiste na construção de um quebra-mar, de alinhamento elíptico, em consonância com a forma do saco do Portinho da Barra, com cerca de 225 m de comprimento e enraizado no lado norte da baía.
Foi já construído um terrapleno, com cerca de 3.500 m2 de área, estando ainda prevista a construção de um molhe-cais na margem sul da baía, com cerca de 85 metros de comprimento, e de um passadiço de madeira sobrelevado, com 82 metros.
Neste momento, está a ser concluída a dragagem da baía e do acesso marítimo.
O Secretário Regional salientou a importância desta empreitada, na medida em que na baía da Barra se encontra “um antigo porto baleeiro e um forte, que estava a ser fustigado em dias de mau tempo”, acrescentando que esta intervenção “permite ainda criar uma área de lazer, para os Graciosenses e os turistas poderem usufruir desta baía”.
A Poça das Salemas, um dos ex-libris da baía, foi preservada, sendo que esta obra poderá potenciar as suas valências enquanto zona balnear e de lazer.