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Conheça nove exemplos de investimentos tecnológicos que criaram 1600 postos de trabalho no Porto em 2017

O primeiro trimestre de 2017 deverá ter batido todos os recordes de investimento tecnológico e industrial na cidade do Porto. Os indicadores preliminares mostram que o crescimento exponencial da instalação de empresas na cidade nos últimos três anos, disparou este ano, registando-se nos últimos dois meses a inauguração de importantes investimentos, criadores de emprego altamente especializado.

O Porto.pt dá-lhe nove exemplos de investimentos concretizados no primeiro trimestre do ano, que representam no seu conjunto mais de 1.600 postos de trabalho especializado criado no Porto e muitos milhões de euros em reabilitação urbana.

Presença constante no Porto, tem sido a do secretário deestado da indústria, João Vasconcelos. O ex-presidente da Startup Lisboa não esconde a satisfação pelo que se está a passar no Porto, que considera ser um movimento de atração de investimento tecnológico único em Portugal e conta como a cidade está a ser vista no estrangeiro, onde “só se fala do Porto”, entre empresários e investidores.

 

 

 

Pela dimensão e importância global, merece destaque a instalação no Porto da Euronext e da Critical Software, que no seu conjunto representam quase 300 postos de trabalho recrutados no Porto. A Euronext saiu da Irlanda para se instalar no Porto, onde dispõe desde março, na Avenida da Boavista, do seu centro tecnológico, a partir do qual comanda alguns dos mais importantes mercados bolsistas da Europa.

A Critical Software está na baixa do Porto desde fevereiro, onde desenvolve sistemas tecnológicos destinados a clientes como a NASA ou a Airbus, competindo no mercado global como uma das mais competitivas do planeta.

Na semana passada foi também inaugurado o Founders Founders, um importante e inovador ninho de empresas perto da Praça do Marquês, onde já moram 13 empresas tecnológicas, constituídas por jovens empreendedores que, para o efeito, reabilitaram um edifício e ali se instalaram.

Também no primeiro trimestre do ano foi decidida a instalação no Porto da Hostelworld, um dos maiores operadores de marcações online do planeta, criando 50 postos de trabalho. A empresa refere “o trabalho incansável da Câmara do Porto” na captação deste importante investimento.

Mas também na área industrial o Porto despertou de décadas de desinvestimento. Em plena Baixa da cidade foi criada a Fábrica de Cerveja Portuense, criando directamente 50 postos de trabalho e uma nova marca cervejeira da cidade.

A Talkdesk, empresa criada por dois empreendedores portugueses nos Estados Unidos da América, e a alemã Bottlebooks, são outras duas tecnológicas instaladas na cidade do Porto desde março. A captação deste investimento internacional resulta do trabalho concertado que foi desenvolvidopela Universidade do Porto em parceria com a Câmara do Porto, através da Invest Porto.

O District Offices and Lifestyle foi também oficialmente inaugurado em Fevereiro. Neste caso, a empresa privada que adquiriu o antigo e abandonado edifício do Governo Civil, junto à Batalha, alberga 55 empresas, muitas delasdos sectores tecnológicos e da comunicação. Um verdadeiro ecossistema empresarial, que emprega mais de 300 pessoas na Baixa da cidade. O empreendedor tinha adquirido o edifício para construir um hotel, mas acabou a fazer um centro empresarial, num processo que agradeceu à Câmara do Porto o empenho colocado no projeto.

Mas, talvez, o mais importante investimento anunciado no primeiro trimestre do ano tenha sido feito pelo banco francês Natixis. O antigo centro comercial Central Shopping vai voltar a ser ocupado, graças a este enorme investimento em tecnologias de informação que cria 600 novos postos de trabalho. O banco desloca de Paris para o Porto o seu centro tecnológico e reabilita um prédio há muito abandonado.

A criação de valor na área empresarial e, em concreto, no setor tecnológico no Porto tem outra dimensão. O imposto que se relaciona com a atividade empresarial nas cidades, a derrama, registou uma receitasuperior a 20 milhões de euros no Porto em 2016, mais do dobro da registada em 2012, ano em que atingiu o pior resultado do século. A receita é a maior dos últimos dez anos, apesar de Rui Moreira ter baixado a taxa para empresas com faturação inferior a 150 mil euros anuais.

O Município do Porto recebeu no último ano, segundo os dados enviados à Assembleia Municipal e que constarão do Relatório de Prestação de Contas que será apresentado brevemente pelo executivo, uma receita de 20.860.133,32 euros, a maior da década. Em 2006, o mesmo imposto, que se relaciona com os proveitos obtidos pelas empresas sediadas no Porto, era de menos de 14 milhões (13.930.350,35 euros), tendo crescido até 2009, ano em que atingiu os 18 milhões, caindo, depois, sucessivamente, até aos 10.346.661,84 euros, em 2012.

Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) não espelham, ainda, esta última vaga de investimento no Porto, que tem sido captado graças ao ambiente favorável que existe na cidade mas também graças ao trabalho da Invest Porto, organismo criado em 2014 por Rui Moreira.

Ainda assim, os números até 2015 mostravam já uma evolução notável. Em 2015 foram constituídas no Porto 1.722 empresas, 139 das quais são industriais e 1.585 de serviços. Estes números constam de um estudo da Pordata, base de dados da Fundação António Manuel dos Santos que se baseia no INE e ainda não agregam os números referentes a 2016, mostrando um crescimento de 30% relativamente a 2012. Outro estudo demonstra que o Porto já é líder nacional na criação de Startups.

As estatísticas oficiais do país mostram, aliás, que estes números representam um recorde relativamente a todos os anos apresentados no estudo (1997, 2001 e a partir de 2009 até 2015). Em 2001, o número de empresas criadas no Porto foi, segundo o mesmo relatório, de 1.389, ou seja, superior ao verificado em 2012, antes do actual executivo assumir funções. A partir daí o número de empresas criadas na cidade disparou.

A criação de emprego especializado, através das novas empresas tecnológicas é uma realidade, que os próprios recrutadores já salientam, mas também o setor do turismo tem permitido a criação de emprego não especializado, muito necessário à economia real da cidade.

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