O Coro do Teatro nacional de São Carlos vai estar em concerto, em Elvas, esta sexta-feira, dia 12, no âmbito do ciclo “Música nas Catedrais”, uma iniciativa promovida pela Direção-Geral do Património Cultural e pelo Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja.
O concerto, na antiga Sé Catedral de Elvas (Igreja de Nossa Senhora da Assunção), está marcado para as nove e meia da noite, numa iniciativa que decorre até final de julho em diversas cidades do país, e que se enquadra no projeto nacional Rota das Catedrais.
O evento é coordenado pelo Teatro Nacional de São Carlos, e os concertos são assegurados através do seu Coro, assim como pela Orquestra Clássica do Sul, Orquestra Filarmonia das Beiras e Orquestra do Norte.
Em Elvas vão estar os solistas do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, ao piano Kodo Yamagishi, num projeto que tem direção musical de Giovanni Andreoli.
O repertório é composto por: Giuseppe Verdi (1813-1901), Nabucco; Giuseppe Verdi (1813-1901), I Lombardi alla prima crociata; Giuseppe Verdi (1813-1901), Forza del Destino; Pietro Mascagni (1863-1945), Cavalleria Rusticana; Pietro Mascagni (1863-1945), Iris; Alfredo Keil (1850-1907), Dona Branca; Gioachino Rossini (1792-1868), Mosè in Egitto; e Giacomo Puccini (1858-1924), Tosca.
O Coro do Teatro Nacional de São Carlos, um dos pilares artísticos da única instituição que no nosso país se dedica há mais de dois séculos ao género lírico, propõe-nos uma deambulação pela ópera romântica italiana, sublinhando o facto de a religiosidade ter assumido na mesma uma particular importância.
A viagem vai iniciar-se com o compositor que deixou na força expressiva dos coros algumas das páginas mais veementes da sua obra – Giuseppe Verdi, de quem começaremos por ouvir o universalmente amado e sempre atual Va pensiero, canto de dor de gentes oprimidas e afastadas à força da terra natal. Depois de outros coros verdianos, segue-se música de alguns outros maiores compositores italianos de ópera do século XIX: Pietro Mascagni (com dois hinos ao divino – o Innegiamo, de Cavalleria Rusticana e o Hino Ao Sol, da menos conhecida ópera Iris); Gioachino Rossini (génio risonho que foi dos mais cantados em São Carlos, mas que ouviremos na sua vertente trágica); Giacomo Puccini (com o Te deum que encerra o I ato da sua ópera Tosca, que decorre em Sant’Andrea della Valle). Terminaremos, assim, numa das mais belas igrejas de Roma.
A ópera portuguesa está representada por aquele que será o mais popular título da sua história: A Serrana de Alfredo Keil, um singular tributo à ruralidade portuguesa.