O Diretor Regional da Ciência e Tecnologia enalteceu hoje, em Ponta Delgada, a “importância” da investigação científica produzida pelas “mulheres da ciência” que trabalham nos Açores.
Bruno Pacheco falava no final de uma visita ao Centro de Estudos de Economia Aplicada do Atlântico e ao Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade dos Açores, onde reuniu com as investigadoras responsáveis por dois projetos científicos que estão a decorrer nas áreas do Turismo e do Ambiente no arquipélago.
‘Smart Tourism’ é o nome do projeto liderado pela investigadora Teresa Tiago, que está a desenvolver um modelo de avaliação e acompanhamento do ‘Turismo 3.0’ aplicado aos Açores, que prevê “a sistematização de informação e a identificação de fatores críticos de desenvolvimento, que serão facultados às empresas regionais como uma ferramenta de apoio”.
Estudar e caraterizar a presença de cianobactérias nas águas dos Açores e a produção potencial de cianotoxinas, prejudiciais para a saúde ambiental e pública, é o objetivo do projeto liderado pela investigadora Rita Cordeiro, que conta com uma bolsa do Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia.
O Diretor Regional afirmou que, “de uma forma simbólica”, escolheu o Dia Internacional da Mulher para “conhecer mais de perto dois dos muitos projetos científicos que estão a ser liderados por mulheres no arquipélago”.
“É importante promovermos a ciência e a cultura científica na Região numa perspetiva da igualdade de género e de oportunidades nos meios académico e profissional”, disse.
O Diretor Regional adiantou que “os dados de 2017 sobre os bolseiros de formação avançada do Fundo Regional da Ciência e Tecnologia indicam que nos Açores há mais mulheres do que homens a fazer ou que fizeram investigação, sendo que os números são 80 contra 52”.
Nestes encontros com as investigadoras, Bruno Pacheco frisou que “o Governo dos Açores abriu uma nova linha de financiamento para a participação em congressos, totalmente orientada para os jovens, doutorandos ou recém-formados”.
Este concurso para a participação em reuniões científicas, no âmbito do PRO-SCIENTIA, corresponde a um investimento de 25 mil euros e pretende incentivar “a produção, formação e divulgação científica especializada”.
No âmbito deste concurso poderão ser atribuídos apoios para reuniões científicas de cariz internacional em Portugal no valor de 500 euros, sendo que a verba para reuniões científicas de cariz internacional na Europa é de 1.500 euros e fora da Europa é de 2.000 euros.
A este concurso, que está aberto até final de junho, podem candidatar-se estudantes do ensino superior ou licenciados há menos de três anos, estudantes de mestrado ou de doutoramento e ainda investigadores com mestrado ou doutoramento concluído há menos de três anos.
Bruno Pacheco recordou que, na última edição deste concurso, em 2014, foram apoiados 11 projetos.