
O Diretor Regional da Saúde afirmou hoje, em Angra do Heroísmo, que a diminuição da incidência e o aumento da sobrevida relativamente ao número de casos de acidente vascular cerebral (AVC) nos Açores pode resultar do diagnóstico precoce e da implementação da Via Verde do AVC, no âmbito do Programa Regional de Prevenção e Controlo das Doenças Cérebro-Cardiovasculares.
“Tanto pela Via Verde do AVC, como pelos rastreios, ao atuarmos preventivamente e o mais precoce possível temos conseguido diagnosticar de forma mais célere e, por essa via, ter uma taxa de sobrevivência mais elevada”, salientou Tiago Lopes, em declarações à margem do simpósio ‘A Realidade da Via Verde AVC na Região Autónoma dos Açores’, que assinala o Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral.
De acordo com os últimos dados do Serviço Regional de Estatística e do Instituto Nacional de Estatística, relativos a 2016, foram registados 265 óbitos devido a doenças cerebrovasculares, dos quais 115 relativos a pessoas com mais de 85 anos.
Tiago Lopes referiu que a tendência de diminuição desta incidência, quer a nível regional, quer a nível nacional, também se reflete na diminuição do número de internamentos.
O Diretor Regional salientou que se pretende potenciar e dinamizar ainda mais a Via Verde do AVC, envolvendo todas as unidades de saúde hospitalares e de cuidados primários e o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
“Estas unidades já estão de certa forma envolvidas, mas pretende-se reforçar essa articulação para melhorarmos o diagnóstico precoce e utilizarmos os recursos já existentes quer através da Via Verde, quer através da telemedicina”, frisou.
O Diretor Regional sublinhou a importância da prevenção no que se refere aos fatores de risco, como a dislipidémia, a hipertensão arterial, a diabetes, o sedentarismo e o excesso de peso, destacando o trabalho realizado pelas Unidades de Saúde de Ilha no âmbito das ações do Plano Regional de Saúde.
“Nunca é demais aproveitar este momento para fazer um apelo à população para que adira aos programas de rastreio que as diferentes unidades de saúde também têm dinamizado, porque quanto mais precoce for o diagnóstico maiores são as capacidades de prevenir sequelas e as consequências destas doenças”, salientou Tiago Lopes.
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