A Diretora Regional da Prevenção e Combate às Dependências defendeu hoje, em Ponta Delgada, a capacitação dos profissionais de saúde como meio de vencer estigmas associados à problemática das dependências.
“Capacitar os futuros profissionais implica prepará-los para a compreensão do porquê do surgimento destes fenómenos, o que significam em determinado contexto social, numa perspetiva humanista e de minimização de riscos e danos”, salientou Suzete Frias.
A Diretora Regional, que falava numa aula sobre prevenção do uso de substâncias ilícitas e dependências não químicas, dirigida a alunos da Escola Superior de Saúde da Universidade dos Açores, afirmou que a construção de tabus relativamente ao uso de substâncias ilícitas leva, por vezes, a negar e a ocultar a realidade.
Nesta aula, Suzete Frias promoveu o debate com os alunos, questionando de que modo a nossa experiência e crenças sociais enganam a nossa razão enquanto profissionais.
Para Suzete Frias, é fundamental formar profissionais que entendam a complexidade que o uso de substâncias envolve, sem cair em dicotomias simplistas do ‘certo e errado’, do ‘bom e mau’.
“O que se pretende com estas ações é analisar a complexidade do tema e evitar a existência de profissionais nos serviços que atuem de forma moralizante, superficial e discriminatória”, frisou.
A iniciativa hoje realizada enquadra-se num conjunto de palestras que visam treinar os futuros profissionais a analisar diferentes caminhos de prevenção e intervenção que permitam a centralidade na pessoa, tendo em conta o seu espaço físico, mental, social e temporal.
Na ocasião, a Diretora Regional defendeu modos de prevenção e intervenção, e respostas diferentes, de acordo com as necessidades de cada cidadão, de forma a suprimir desigualdades.
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