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É necessário mais visibilidade pública para o trabalho dos cientistas

“Dar visibilidade pública ao trabalho que todos os dias é realizado é, para nós, uma prioridade”, disse Rui Moreira, esta manhã, na abertura da segunda edição do ciclo anual de conferências “Caminhos do Conhecimento – O legado de Mariano Gago”, que decorreu no Rivoli e que assinalou o primeiro Dia Nacional dos Cientistas.

A efeméride foi instituída no ano passado (resolução da Assembleia da República nº 228/2016), para reconhecer e celebrar a contribuição da comunidade científica para o avanço do conhecimento e progresso da sociedade.

“No Porto, destacamos o lugar da ciência como área fundamental do conhecimento e da vida em sociedade: não só para quem profissionalmente a ela se dedica, mas também a todos aqueles que, mesmo sem o saberem, dela beneficiam”, referiu o presidente da Câmara do Porto no seu discurso, referindo o papel do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, que completa um ano de funcionamento a 19 de maio e que é já “uma aposta totalmente ganha”.

“É um orgulho ter nesta cidade tamanho concentrado de energia criadora num projeto que já marca a vivência cultural da cidade”, disse ainda o autarca.

O Presidente da República presidiu à sessão solene subordinada ao tema “O Conhecimento como compromisso parta o futuro” e defendeu a necessidade de pensar no estatuto dos cientistas. Uma realidade que “teve de ser sacrificada por causa da crise económica e financeira”, mas que deve ser olhada “com coragem e determinação”, referiu o Chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa disse estar, sobretudo, preocupado com o facto do “ódio à liberdade” significar “a negação do espírito científico”, um problema que não é português, mas contemporâneo.

“Nas opiniões públicas surge, por detrás dos chamadospopulismos, a dificuldade em conviver com a liberdade e em conviver com oconhecimento, com a ciência e com a cultura”, alertou.

O Dia Nacional dos Cientistas foi instituído a 16 de maio, data do nascimento do José Mariano Gago, e é uma homenagem ao legado do investigador, cientista e político, considerado como uma das figuras que mais fizeram pela promoção da ciência em Portugal. 

 

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