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Em 2018, cerca de 14 mil faziam voluntariado na Madeira

A Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) divulga pela primeira vez um conjunto de dados para a Região Autónoma da Madeira (RAM) resultantes do Inquérito ao Trabalho Voluntário de 2018 (ITV), realizado em todo o país no 3.º trimestre de 2018.

Segundo estes dados recentemente divulgados pelo INE, naquele ano, a taxa de voluntariado (percentagem da população residente com 15 e mais anos que participou em, pelo menos, uma actividade formal e/ ou informal de trabalho voluntário, ou seja, não obrigatório e não pago) foi de 6,4% na RAM, correspondendo a 14 038 voluntários.

Deste total, 78,2% (10 972 voluntários), diziam respeito a trabalho voluntário formal, isto é, feito através de uma organização. Estes cerca de 11 mil voluntários formais equivalem a 5,0% da população residente na RAM com 15 e mais anos. Note-se que o trabalho voluntário formal (conceito não afectado pelas alterações atrás mencionadas) quase que duplicou quando comparado com 2012 (5 901 voluntários), com um consequente efeito na taxa de voluntariado, que naquele mesmo ano era de apenas 2,9%.

Em 2018, a taxa de voluntariado nas mulheres (6,7%) excedeu a masculina (6,1%) em 0,6 pontos percentuais.

A taxa de voluntariado é maior nos mais jovens, diminuindo progressivamente à medida que avançamos no grupo etário. Assim, as pessoas com idades entre os 15 e os 24 anos apresentaram a taxa de voluntariado mais elevada (8,2%), seguindo-se o grupo etário dos 25-44 (7,7%), o grupo dos 45-64 (6,0%) e com o valor mais baixo o grupo dos 65 e mais anos (3,8%).

O voluntariado é mais expressivo nas pessoas que têm um nível de escolaridade mais elevado, pois a taxa mais alta foi observada nas pessoas com ensino superior (15,3%), seguindo-se os que possuem como habilitação o secundário/ pós-secundário (7,4%), surgindo no final aqueles têm o 9.º ano ou habilitação inferior (3,9%).

Considerando a situação das pessoas face ao trabalho, verificou-se que a taxa de voluntariado foi maior nos desempregados (9,9%), comparativamente aos empregados (6,9%) e inactivos (5,1%).

Dos 10 972 voluntários formais, 38,4% estavam concentrados nos “Serviços sociais”, seguindo-se a “Cultura, comunicação e actividades de recreio”, a “Saúde” e a “Religião”, com pesos entre os 10% e os 15%.

O perfil sociodemográfico dos voluntários residentes na RAM, é semelhante ao do país. Em traços gerais, é o seguinte: são pessoas que estão mais envolvidas nas actividades de trabalho voluntário formal, maioritariamente mulheres, jovens, desempregadas e com nível de escolaridade superior.

Ao nível de NUTS II, é de referir que a taxa de voluntariado encontrada para a RAM (6,4%) situou-se abaixo da média nacional (7,8%) e de todas as regiões do continente (Norte 7,2%; Centro 8,9%; Área Metropolitana de Lisboa 8,3%; Alentejo 7,7% e Algarve 6,9%), sendo superior à observada na Região Autónoma dos Açores (5,5%).

De assinalar por fim que Portugal (6,4%) e RAM (5,0%) estão bastante distantes da média da UE-28 (19,8%), no que respeita à taxa de voluntariado formal, a única passível de comparação entre os estados membros da União Europeia.

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