Procedeu-se hoje, na Estação Ferroviária de Elvas, ao lançamento da empreitada de Modernização do troço da Linha do Leste que visa ligar Elvas à fronteira, e que integrará o futuro Corredor Internacional Sul.
O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha esteve presente na sessão de apresentação, assim como Pedro Marques, atual Ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
A empreitada contará com um investimento na ordem dos 38 milhões de euros, dos quais cerca de 23 milhões de euros advém do Orçamento de Estado e perto de 15 milhões de euros são comparticipados pela União Europeia.
Esta medida permitirá, no futuro, que a distância e o tempo de trajeto, entre Sines e a fronteira com Espanha seja reduzida em menos 3H30 e 135 km, no que diz respeito ao transporte ferroviário de mercadorias. O trajeto atual tem a duração de 8H00 e 450 km. Com a criação de um novo troço Évora a Elvas, que diminuirá as distâncias, passará a ser de 4H30, num total de 315 km.
A obra, do troço da Linha do Leste com 11 quilómetros de extensão, engloba a ampliação da Estação Ferroviária de Elvas, a renovação integral da superestrutura de via e a instalação de infraestruturas para futura implementação de sinalização eletrónica.
Prevê-se também, a construção de desnivelamentos rodoviários e restabelecimentos, para supressão das passagens de nível existentes ao longo do troço, e ainda, a substituição dos tabuleiros e reforço dos pilares das pontes sobre o rio Caia e a ribeira do Caiola.
A empreitada de Modernização do troço Elvas-Fronteira é a primeira obra em fase de lançamento de empreitada do futuro Corredor Internacional Sul.
Este corredor ferroviário, que será criado no âmbito do Plano de desenvolvimento e Modernização da Rede Ferroviária Nacional, Ferrovia 2020, permitirá ligação direta e eficiente entre o sul de Portugal, desde a zona de Sines, e a Europa através da fronteira com Espanha em Caia.
A criação do Corredor Internacional Sul representa um investimento previsto em mais de 626 milhões de euros, dos quais, estima-se que cerca de 356,7 milhões de euros possam ser comparticipados pela União Europeia.