Decorrreu no CIUL – Centro de Informação Urbana de Lisboa, no dia 19 de maio, integrado no ciclo de conferências dos Encontros de Urbanismo – Lisboa Única, um debate sobre o futuro de Lisboa.
“A Lisboa do Futuro”, foi alvo de reflexão pelo olhar de três convidados: o arquiteto Ricardo Bak Gordon, o engenheiro Fernando Santo do Montepio, e o professor e investigador João Seixas, da FCSH – Universidade Nova de Lisboa. A moderação do encontro esteve a cargo do engenheiro João Appleton.
“Recentrar o centro da cidade na água”, foi o mote da apresentação de Ricardo Bak Gordon, “para quem “a cidade é um organismo mutante que teve a sua origem na água, de acordo com a sua geografia”, e por essa razão, o futuro da cidade deverá ser visto no rio”. A influência do rio Tejo na cidade deverá ser repensada de modo a trazer uma nova vida.
João Seixas, investigador na área de Estudos Urbanos, apresentou algumas exemplos sobre a cidade ao longo dos tempos, dando como exemplo a Lisboa Futurista do escritor Fialho de Almeida em finais do século XIX, as Aventuras de Filipe Seems ”uma banda desenhada futurista de 1993/94 e as Smart Cities da actualidade, que nos trazem novos paradigmas e uma mudança do pensamento moderno. Para este cientista, as cidades são genomas que se vão alterando, tal e qual como as células humanas. “Mas o maior desafio”, conclui, “será deixarmos de sermos quem somos e descobrir uma nova urbanologia que é ainda uma criança para todos nós”.
Por ultimo, Fernando referiu as transformações da cidade a partir de grandes opções políticas, como as do Engenheiro Duarte Pacheco Pereira nos anos 40, a partir de calamidades como o terramoto de 1755 ou o incêndio do Chiado em 1988, mas também dos grandes eventos como a exposição do Mundo Português em 1940, a Expo 98, ou o Euro 2004.