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Envelhecimento vai “obrigar a reequacionar da prioridades no investimento público”

“O Envelhecimento constitui uma temática e uma preocupação actual, quer por parte de todos nós que vivenciamos o processo natural de envelhecimento, quer por parte dos profissionais que directamente intervêm com a população desta faixa etária e, ainda, por parte dos responsáveis governativos a quem compete a definição de políticas sociais e de saúde mais ajustadas às necessidades desta população”.

Foi partindo deste pressuposto que o Serviço Social do SESARAM, E.P.E., promoveu, esta quinta-feira (dia 5 de Setembro) o V Fórum do Idoso. Um encontro que reuniu médicos, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, estudantes, entre outros interessados nesta matéria, no sentido de reflectir e debater o impacto do envelhecimento nas estruturas sociais e os desafios que se colocam, nomeadamente aos Serviços de Saúde.

“O facto de vivermos até mais tarde também significa que vamos ter cada vez mais necessidades”, reconhece Pedro Fonseca, coordenador da Unidade de Acção Social do SESARAM.

Perante este cenário, explica, “as equipas de Saúde confrontam-se com o desafio, sobretudo em contexto de cuidados de saúde primários e em contexto de cuidados hospitalares, de proporcionarmos a possibilidade de o cidadão utente se manter no seu domicílio com níveis de qualidade de vida, com uma situação de segurança e conforto, o maior tempo possível”.

Para concretizar este objectivo, realça a importância de existir “um trabalho articulado, dentro das equipas de Saúde — entre, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos — para que a pessoa com acesso aos seus recursos familiares e às suas capacidades endógenas possa de facto regressar ao domicílio e aí permanecer até mais tarde”.

Pedro Fonseca sublinha ainda que esta evolução vai “obrigar a um reequacionar da prioridades em matéria de investimento público e à evolução das próprias políticas sociais e de Saúde, no sentido a que tenhamos uma sociedade justa e coesa e que satisfaça as necessidades da população”. Não obstante, realça a abertura e o trabalho que tem sido realizado pela tutela a nível regional a fim de dar resposta a estas necessidades crescentes.

Refira-se que a Unidade de Acção Social do SESARAM conta, neste momento com 26 elementos: oito assistentes sociais no Hospital Dr. Nélio Mendonça, dois no Hospital dos Marmeleiros, dois na Unidade Dr. João de Almada e 4º andar Hospital dos Marmeleiros, três na Unidade de Tratamento da Toxicodependência/Psiquiatria, um assistente social na Unidade de Cuidados Paliativos e nove distribuídos pelos centros de saúde do Funchal, Machico, Santa Cruz, Câmara de Lobos e Ponta do Sol.

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