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Estudo assegura qualidade das hortas em Lisboa

A segurança das hortas urbanas em Lisboa foi uma das conclusões da primeira avaliação de qualidade destes espaços agrícolas em Lisboa, apresentada no dia 22 de Abril, num seminário organizado nas instalações do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Realizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA), o estudo resulta de uma parceria com a Câmara de Lisboa e com a Junta de Freguesia de Alvalade e visou correlacionar eventuais pressões poluentes da cidade com a qualidade dos solos, das águas e dos vegetais destes espaços. 

Neste trabalho de “avaliação da qualidade dos solos, das águas subterrâneas e das espécies hortícolas” foram estudadas seis hortas: no LNEC, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), no Vale de Chelas, junto à CRIL e na Quinta da Granja, em Benfica. Nesse último local foram analisadas duas hortas, uma mais antiga e outra no parque hortícola aberto em 2011.

Como explicou a investigadora Teresa Leitão do LNEC, procurou perceber-se “de que forma a poluição atmosférica podia ter impacto nas espécies hortícolas”, mas também verificar se “as práticas hortícolas podem ter efeito em termos de poluição da cidade”. Ou seja, sintetizou, ver “o que a cidade faz à horta e o que a horta faz à cidade”.

Todos os indicadores avaliados, quer em relação à qualidade dos solos, às águas utilizadas para a rega e até mesmo dos produtos hortícolas produzidos, ficam abaixo dos máximos admissíveis.

Segundo o vereador José Sá Fernandes, responsável pela Estrutura Verde na Câmara de Lisboa, o “mito de que as hortas urbanas podem não produzir produtos saudáveis, por causa da poluição e de uma série de razões” cai por terra com este estudo. Agora esse mito acabou: as hortas urbanas, com muito poucas excepções, produzem bons produtos para nós consumirmos”, referiu José Sá Fernandes.      

Na sua intervenção, Sá fernandes frisou que em Lisboa as hortas estão “ligadas a contínuos ecológicos, em parques urbanos e no centro” da cidade. “Se nos chamam alfacinhas pelo menos que a gente tenha umas alfaces para mostrar às pessoas”, brincou, notando que as hortas têm também “um propósito pedagógico muito interessante”. 

Exercem a sua actividade hortícola em parques municipais cerca de 500 hortelãos e cultivam uma área próxima dos seis hectares. 

O estudo pode ser consultado aqui.

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