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Exposição mostra fruto da residência cruzada de dois estrangeiros no Porto

A residência artística cruzada de Efrain Almeida e Rigo Flores termina com uma exposição no espaço Maus Hábitos, a partir de sábado.
 
O consagrado escultor brasileiro Efrain Almeida e o jovem artista visual Rigo Flores – mexicano de origem, mas radicado nos Estados Unidos – inauguram pelas 21,30 horas deste sábado, dia 29, no espaço Maus Hábitos, o resultado do “diálogo artístico” que mantiveram durante um mês na cidade.
 
Trata-se de uma residência cruzada que consistiu em reunir dois artistas de diferentes idades, origens e áreas em que desenvolvem a sua criação, estimulando uma interseção das respetivas artes.
 
Tem como objetivo promover o intercâmbio e procurar novas práticas artísticas e expositivas que, fruto desta partilha sui generis, possam ser avaliadas com a exposição a inaugurar no sábado. Mas pretende também obter resultados de mais longo prazo, com a influência mútua aqui vivida a refletir-se em criações posteriores.
 
“Vamos ver como a experiência deste trabalho vai reverberar em trabalhos futuros”, sintetiza ao “Porto.” Efrain Almeida, nascido no Ceará e residente no Rio de Janeiro, a propósito da residência que integra o programa Caravana da Saco Azul/Maus Hábitos, com o apoio da Câmara do Porto, do PhIca Fenix Institute of Contemporary Art do Arizona EUA e da DGArtes.
 
A iniciativa, que tem ainda como parceiros a Galeria Graça Brandão Porto, a MCO Porto e a Secretaria de Estado do Brasil, decorre no âmbito do programa In Residence Porto 2017.
 
 
O brasileiro, o mais velho dos dois, “mais calmo e intimista” nas palavras de Rigo, começou por fazer os desenhos, avançou para a construção das peças em madeira e enviou-as para fundição.
 
Enquanto isso, Rigo Flores, de 27 anos, habituado à velocidade com que a vida corre em Phoenix, no Arizona, (“na América é tudo muito rápido, imediato”), dedicou-se sobretudo ao desenho e a fazer o que sabe: “Trabalhar com as emoções”.
 
Pela primeira vez em Portugal – aliás, estreante no continente europeu, aproveitará para seguir daqui até Barcelona e Madrid “ver museus” – o jovem mexicano revela ter gostado do então (para si) desconhecido Efrain mal teve contacto com o seu trabalho, a propósito do convite para esta residência cruzada. 
 
Não obstante os dois artistas partilharem o lamento de que “é uma residência muito curta, que possibilita pouco tempo para se interiorizar a experiência”, ambos mostram entusiasmo e expectativa pelo resultado desta “oportunidade de ouro” que foi, durante cerca de quatro semanas, “trocar experiências e saberes para ver como o meu trabalho enquanto artista vai acrescentar algo ao trabalho de outro”.
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