Entremais de dois mil filmes candidatos, “Anima Luminaria”, de Paulo Ferreira, foi um dos escolhidos pelo júri do Finisterra Arrábida Art & Tourism FilmFestival. Prémios são anunciados no dia 25.
Num vídeo em time-lapse, o fotógrafo e produtor desmonta a ideia de um Porto a preto-e-branco para mostrar a cidade da cor e da luz, singular na sua coleção de claraboias e lanternins. Em menos de sete minutos, transita do cinzento para a policromia que tinge a paisagem tripeira.
O autor quis deixar claro, com este projeto, que “esta é uma cidade muito colorida e alegre”. Como contou ao Porto., a luz “acompanha a vida das pessoas todos os dias”. Sobretudo na zona antiga, “entra por claraboias, sai por lanternins e está por todo o lado”, nas casas e em edifícios históricos.
Os prémios do festival Finisterra 2017 serão entregues em Sesimbra, no próximo dia 25. Para Paulo Ferreira, fundador do estúdio P Timelapse, será mais uma distinção a afirmar a qualidade de um trabalho que tem merecido destaque em termos internacionais.
O “timelapser” português venceu, no ano passado, duas das categorias do Hollywood International Independent Documentary com um filme sobre as auroras boreais, que fotografou na Noruega. Mas não há amor como o primeiro, assume: “Desde pequeno que o Porto me fascina. Tenho vários vídeos sobre a cidade”. E o público conhece-os, alguns tornaram-se virais, como é o caso de “Porto in Motion”.
“Anima Luminaria” foi realizado em 2016 para uma exposição de Luciana Bignardi e Paulo Gaspar Ferreira sobre claraboias e lanternins do Porto, apresentada na Casa do Infante.
Deacordo com Paulo Ferreira, a realização deste filme foi difícil “na medida emque todo ele foi registado maioritariamente no interior dos edifícios que polvilham a cidade”. O resultado é “um vídeo intimista de cariz arquitetónico que alerta para a necessidade de preservação” das tradicionais claraboias ou lanternins.