A Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências anunciou hoje, em Vila do Porto, o arranque de uma nova formação, relacionada com o consumo precoce de álcool, destinada aos profissionais dos núcleos de apoio a crianças e jovens em risco das Unidades de Saúde de Ilha.
“Esta formação prepara os profissionais para ministrar formação aos representantes legais e aos menores notificados, de modo a assimilarem os impactos do consumo precoce”, salientou Suzete Frias, que falava à margem da primeira ação, que decorre na ilha de Santa Maria.
Esta iniciativa abrange mais de quatro dezenas de profissionais dos núcleos de apoio a crianças e jovens em risco de todas as ilhas dos Açores.
A medida decorre da alteração ao Regime Jurídico de Venda e Consumo de Bebidas Alcoólicas, que aumentou a idade mínima para venda e consumo de álcool nos Açores de 16 para18 anos.
“Os pressupostos da alteração da lei têm em vista a deteção precoce e a responsabilização dos pais, cabendo aos núcleos fazer ações de sensibilização para casos notificados”, afirmou a Diretora Regional.
O diploma prevê que, quando forem detetados menores a consumir bebidas alcoólicas em locais públicos, quer os visados, quer os seus representantes legais, frequentem ações de sensibilização sobre os efeitos do álcool.
“Os profissionais dos núcleos de apoio à criança, depois desta formação, ficam dotados de competências para transmitir conteúdos ligados à prevenção do consumo e aos efeitos nocivos do consumo do álcool associados à criança”, frisou Suzete Frias.
As ações de sensibilização para os jovens notificados terão uma duração de quatro horas e para os pais de oito horas, preparando-os para lidar com a pressão entre pares e da comunidade face ao consumo.
Para Suzete Frias, esta medida é complementar a um conjunto de outras integradas no Plano de Ação para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool, que terão efeitos a longo prazo na minimização da problemática dos consumos.