O canhão era, na época, uma verdadeira inovação, dado que possibilitava, pela primeira vez, o disparar para baixo para o curto alcance, e conseguia-se mover a peça em várias direcções facilmente.
Rui Jesuíno, técnico da Câmara Municipal de Elvas, refere que, segundo o próprio Valleré “a plataforma move-se horizontalmente sobre um peão, girando a boca de fogo no mesmo sentido. Depois de disparar a peça faz-se girar a plataforma de madeira de maneira que a boca de fogo fique numa direcção perpendicular à que primitivamente tinha. Nesta posição carrega-se com mais facilidade, fazendo depois girar o sistema até que a peça fique no campo da canhoneira. Por este meio, carrega-se sem fazer recuar o reparo para limpar e carregar novamente”.
A réplica foi realizada a partir do único exemplar existente, que se encontra no Museu Militar em Lisboa, e foi executada por uma empresa da especialidade.