A Secretária Regional da Solidariedade Social revelou, na Ribeira Grande, que o Governo dos Açores irá iniciar, já em 2019, a implementação de projetos-piloto no âmbito das atividades socialmente úteis e da empregabilidade de pessoas com deficiência.
Numa primeira fase, estes projetos serão desenvolvidos em parceria com a Cáritas da Ilha Terceira e com a Casa de Saúde de São Rafael, estando planeado o seu alargamento a outras instituições e ilhas, nomeadamente ao Faial, com a colaboração da APADIF, e, em São Miguel, com o apoio da Kairós.
Andreia Cardoso, que falava segunda-feira na apresentação do resultado da avaliação dos centros de atividades ocupacionais da Região, realizado no âmbito do programa AQI – Avaliar, Qualificar e Inserir, considerou que esta aposta constitui já uma resposta do Executivo às necessidades identificadas com a realização deste estudo de caraterização.
“É verdade que as infraestruturas existem, estão a disponibilizar um conjunto importante de respostas e atividades ocupacionais que são importantes, mas temos agora de evoluir para outro patamar”, afirmou.
Para a Secretária Regional, “evoluir para esse patamar passa também pela qualificação dos técnicos e dos profissionais que estão nos centros de atividades ocupacionais, exactamente para que possamos corresponder a essa necessidade das famílias e dos próprios utentes, que nos parece imprescindível”.
Assim, para 2019, está prevista a implementação de um plano formativo dirigido a auxiliares e técnicos que desenvolvem a sua atividade nos centros de atividades ocupacionais com base nas necessidades identificadas com a realização daquele estudo.
Andreia Cardoso adiantou ainda outras iniciativas que surgem como resposta às questões sinalizadas pelas instituições, nomeadamente a revisão dos regimes legais que regulam a empregabilidade de pessoas com deficiência, uma vez que foi identificada a necessidade de melhorar estes mecanismos jurídicos no sentido de passarem a espelhar, de forma mais adequada, as necessidades específicas destas pessoas.
A Secretária Regional manifestou a sua satisfação geral com os resultados apresentados, os quais, na sua opinião, revelam não apenas a qualidade dos serviços prestados, como a sua disseminação.
Além dos avanços registados ao nível dos CAO, também os lares residenciais, objeto dos trabalhos de caracterização previstos para o próximo ano, no âmbito do AQI, registaram avanços.
“Ao nível dos lares residenciais, tivemos a oportunidade de ver crescer as unidades residenciais para pessoas com deficiência”, salientou Andreia Cardos, destacando o aumento de quatro para 12 unidades, “triplicando não só o número de respostas, como a capacidade”.
O programa, assim como os resultados agora conhecidos serão apresentados nas restantes ilhas da Região, sendo que ambos os documentos serão igualmente divulgados através do Portal do Governo até ao final desta semana.