O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou hoje que será concluído este ano um estudo ao setor hortícola nos Açores, que visa ajudar os produtores a fazer um planeamento mais ajustado às necessidades do mercado.
“Trata-se de uma ferramenta importante em termos de planeamento das produções, que também permitirá que as organizações de produtores consigam fazer um planeamento adequado, em função das necessidades do mercado e daquilo que os consumidores exigem a cada momento”, afirmou João Ponte, acrescentando que outro dos benefícios deste estudo será a redução das importações.
O Secretário Regional falava, em Ponta Delgada, no final de uma reunião com a Direção da Associação Terra Verde, que serviu para fazer um balanço do último ano agrícola e perspetivar os desafios para 2018.
Para João Ponte, o estudo vai ainda ser útil para se perceber o que está a ser produzido por ilha e importado ao nível hortícola, bem como para saber onde é possível crescer no futuro.
O governante açoriano salientou que a horticultura, a fruticultura e a floricultura têm registado um “crescimento sustentável” nos Açores, mas frisou que ainda há muita margem para crescer.
A aposta na diversificação, não só enquanto fator inibidor de importações de géneros alimentares, mas também como exportador, constitui um meio para melhorar a rentabilidade da atividade agrícola.
“Nos últimos seis anos, a área candidatável para efeitos de ajudas no POSEI cresceu 10% ao ano. Passou de 700 hectares para quase 1.100 hectares só na área dos hortícolas, frutícolas e florícolas”, afirmou João Ponte, acrescentando que, no âmbito do PRORURAL+, foram aprovados nestas três áreas 78 projetos de primeira instalação, com um apoio público de 4,5 milhões de euros.
João Ponte considerou “muito positiva” a intenção da Associação Terra Verde de formar uma organização de produtores, salientando que permitirá à produção conseguir alcançar melhores preços e organizar-se melhor.
O Secretário Regional da Agricultura e Florestas adiantou também que estão a ser revistos os apoios aos pequenos investimentos, no âmbito do Programa de Apoio à Modernização do Setor Agrícola e Florestal – PROAMAF, que passará a incluir um conjunto de pequenos equipamentos úteis à horticultura, tal como reivindicou este subsetor da agricultura.