O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje que é fundamental apostar, cada vez mais, na qualidade, na inovação e na promoção dos produtos lácteos produzidos nos Açores, como, por exemplo, o queijo, para se conquistarem novos mercados e alcançar maior valorização de um produto de excelência.
“Temos nos Açores dos melhores queijos produzidos no país, que, pela sua excelência, sabor, tradição e qualidade, merecem ser mais bem pagos, mas, para isso, a indústria tem de continuar a apostar na inovação, na promoção e na procura de novos mercados”, frisou João Ponte, à margem de uma visita à queijaria Vaquinha, localizada nas Cinco Ribeiras, na ilha Terceira.
No primeiro de dois dias da visita de trabalho do Governo dos Açores a esta ilha, João Ponte salientou que o Executivo tudo tem feito para garantir o sucesso dos produtos lácteos e a sustentabilidade da agropecuária no arquipélago, que dispõe de grande vocação natural e condições ímpares para a produção de leite.
João Ponte recordou que, no final de outubro, os queijos dos Açores conquistaram quatro primeiros lugares e seis menções honrosas em 22 categorias do Concurso Nacional de Queijos 2018, organizado pela ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, em Lisboa.
Os bons resultados obtidos resultam do esforço e da experiência acumulada dos produtores de leite açorianos, dos investimentos que têm vindo a ser feitos na modernização das explorações, nas agroindústrias e na aposta no bem-estar animal, na melhoria genética, não descurando as excecionais condições naturais da Região.
“Estes resultados devem ser encarados também como um incentivo à indústria dos lacticínios para prosseguir um caminho de investimento na modernização, na qualidade e na inovação, por ir cada vez mais ao encontro das preferências dos consumidores, para encontrar novos mercados, que paguem mais e melhor para que o rendimento seja melhor distribuído por toda a cadeia de valor”, defendeu o Secretário Regional, acrescentando que as seis candidaturas das indústrias agroalimentares da Terceira aprovadas, no âmbito do PRORURAL+, representam um investimento público de 6,8 milhões de euros e uma despesa pública de 3,9 milhões de euros.
Por outro lado, João Ponte salientou que Portugal importa anualmente mais de 50 mil toneladas de queijo, das 130 mil que são consumidas, o que demonstra que existem boas oportunidades e espaço de negócio para os queijos dos Açores.
“Temos a obrigação de preencher este espaço e o dever de saber aproveitar, inovando, fidelizando o consumidor e contando também com o indispensável patriotismo do segmento comercial da fileira”, disse João Ponte, acrescentando que os Açores produzem quase 50% do queijo em Portugal.
No plano internacional, João Ponte considerou que o recente acordo de comércio entre a União Europeia e o Canadá veio trazer novas perspetivas para a exportação e internacionalização dos produtos Açores, nomeadamente os produtos lácteos.
Relativamente à queijaria Vaquinha, aberta em 1998, João Ponte disse tratar-se de um bom exemplo de uma empresa familiar que soube desenvolver-se e modernizar-se, recorrendo a fundos comunitários, tendo conquistado o seu espaço, pois, além do mercado interno, exporta também para o continente.
Presentemente, esta queijaria da ilha Terceira produz cinco tipos de queijo Vaquinha e, em 2010, lançou uma gama de iogurtes, composta já por uma dezena de sabores.