O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia reiterou hoje, na Horta, que, “da parte do Governo dos Açores, houve um acompanhamento, desde o início, dos trabalhadores” da COFACO do Pico.
Gui Menezes afirmou que foi criada uma equipa “para acompanhar a situação”, salientando que o Executivo açoriano proporcionou aos trabalhadores “toda a abertura para continuar a apoiá-los, quer ao nível da formação”, ou seja, na aquisição e no reforço de competências para a sua atividade profissional, quer ao nível do pagamento da creche dos filhos dos funcionários da COFACO.
O Secretário Regional, que falava à margem de uma conversa com os profissionais daquela unidade fabril do Pico, frente à Assembleia Legislativa, sublinhou que, “dentro daquilo que são as competências e as possibilidades do Governo dos Açores, tudo tem sido feito para minorar a situação dos trabalhadores”.
“Naturalmente, compreendemos a situação dos trabalhadores, que não é fácil”, disse.
O Governo dos Açores, através da Direção Regional do Emprego e Qualificação Profissional, criou um plano de intervenção para a formação dos trabalhadores da COFACO do Pico, em parceria com a Escola de Formação Profissional desta ilha.
Também no período que irá decorrer até à abertura da nova unidade fabril na ilha do Pico, o pagamento da creche dos filhos dos funcionários da conserveira será assegurado.
Esta medida abrange 32 crianças e conta com a parceria da Santa Casa da Misericórdia da Madalena, mantendo um regime de gratuitidade de que os trabalhadores já beneficiavam.
Gui Menezes ressalvou ainda que o Governo dos Açores “fez tudo o que era possível fazer” para que o investimento na nova unidade fabril se concretizasse na Madalena, no Pico, acrescentando que a avaliação da candidatura para apoios comunitários foi realizada “em tempo recorde”.
“Tenho a garantia por parte da empresa que vai construir a nova unidade fabril”, disse o governante, recordando ainda que deu entrada, a 6 de abril, na Câmara Municipal da Madalena, o pedido de licenciamento do projeto para a construção da nova conserveira.
“O processo está no bom caminho nesse aspeto”, frisou.
A COFACO submeteu o projeto para a construção da nova unidade fabril, num montante global de cerca de 6,7 milhões de euros, que irá substituir a atual fábrica, com mais de 50 anos, a fundos comunitários no âmbito de uma portaria do FEAMP – Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, para apoios a investimentos na área da transformação de pescado.
Dos 65% de cofinanciamento público para o projeto, 25% serão verbas do Orçamento da Região e 75% do FEAMP.
Questionado pelos jornalistas, Gui Menezes disse que, “segundo informações da empresa, grande parte dos trabalhadores serão readmitidos porque sabem laborar o peixe”.
O Secretário Regional recordou ainda que teve de ser criada uma nova empresa “devido aos critérios de apoio da Comissão Europeia”, referindo que o projeto prevê a demolição do edifício existente e a construção de um novo no mesmo local, daí a necessidade de a fábrica encerrar.