A Secretária Regional da Solidariedade Social desafiou hoje as autarquias locais a desempenhar um papel ativo no combate à pobreza e à exclusão social, em particular na inserção socioprofissional das pessoas com deficiência.
Andreia Cardoso, que falava na sessão de abertura das I Jornadas de Reabilitação da Ribeira Grande, manifestou a intenção do Governo dos Açores de aprofundar a sua ação a nível local, esperando que, “para isso, haja disponibilidade de todas as autarquias locais”.
“É um passo fundamental no combate à pobreza e à exclusão social e requer o contributo de todos e, em particular, das autarquias locais, já que esta é uma matéria em que ninguém está dispensado de contribuir e de ajudar, não apenas o Governo, mas principalmente as comunidades que são afetadas por esse fenómeno”, salientou.
A Secretária Regional adiantou algumas das medidas previstas pelo Executivo açoriano e integradas no programa AQI-Açores (Avaliar, Qualificar, Inserir), designadamente o estímulo do desenvolvimento de atividades socialmente úteis e a proposta de alteração legislativa no que concerne à empregabilidade de pessoas com deficiência.
“Não posso deixar de frisar a importância da dimensão local, já que se trata de uma medida que requer a colaboração e o envolvimento de todos os agentes locais, em particular das autarquias, no sentido de impulsionarem a integração destas pessoas e destas atividades no tecido económico local, integrando a sensibilização dos demais”, afirmou.
Tomando como exemplo o Município da Ribeira Grande, Andreia Cardoso salientou que este “tem nas suas instituições parceiros valiosos, alguns já a desenvolver atividades socialmente úteis, o que é um privilégio”, pelo que “por essa via, tem também imenso potencial para fazer mais, promovendo a empregabilidade das pessoas com deficiência no seu concelho”.
“Naturalmente que o Governo dos Açores está inteiramente disponível e interessado em aprofundar o trabalho conjunto com a Câmara Municipal da Ribeira Grande na luta contra a pobreza e exclusão social”, afirmou, salvaguardando que, “com o apoio dos pais, das famílias, das comunidades, das entidades públicas, do mundo empresarial, dos profissionais de Saúde e da Educação, todas as pessoas com deficiência podem viver vidas saudáveis e contributivas”.