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Governo dos Açores cria apoio à certificação FSC para empresas da fileira da madeira

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou hoje que o Governo dos Açores vai criar um programa para apoiar financeiramente as empresas ligadas à fileira da madeira que apostem na certificação internacional FSC (Forest Stewardship Council).

 

“Trata-se de um novo programa, que visa incentivar as empresas ligadas à madeira nos Açores a certificarem a sua cadeia de responsabilidade na produção”, afirmou João Ponte, acrescentando que existem atualmente no arquipélago 247 empresas ligadas a esta fileira.

 

João Ponte falava no final de uma visita à StarUp ‘MiiCasa’, na cidade da Lagoa, dedicada à produção de peças em madeira de criptoméria, como maquetas e malas de senhora, entre outras, que considerou ser um “trabalho importante, que tem a capacidade de divulgar utilizações diferentes da criptoméria”.

 

Para o Secretário Regional, esta medida para consolidar e divulgar a marca ‘Criptoméria dos Açores’, associando-a a novas utilizações, promovendo a sua valorização e encontrando novos mercados, enquadra-se no Programa do Governo, com o objetivo de reforçar a certificação da gestão florestal e a valorização dos produtos florestais.

 

Enquadra-se também na Estratégia Florestal Regional, com o objetivo de apoiar a certificação da gestão florestal das áreas privadas, contribuindo, assim, para a qualificação, valorização e diversificação dos produtos gerados nestes espaços florestais.

 

“O processo de certificação pressupõe auditorias preliminares e outras anuais, relatórios e registos de emissão do certificado FSC”, salientou o Secretário Regional da Agricultura e Florestas, acrescentando que este programa de apoio será disponibilizado em fevereiro.

 

João Ponte adiantou que o cofinanciamento será atribuído em função do volume de negócio das empresas e, no caso das StartUp, o cofinanciamento será entre 90 a 100%.

 

“É claramente uma aposta e um sinal que o Governo Regional dá no sentido de que todas as empresas que estão na fileira da madeira e que se pretendam certificar pelo selo FSC têm agora uma oportunidade”, afirmou.

 

João Ponte destacou que o eco-rótulo do FSC, que atualmente distingue a Criptoméria dos Açores, reforça a competitividade que esta madeira tem vindo a demonstrar, conquistando consumidores e mercados, no país e no estrangeiro.

 

Na ilha de São Miguel já foram colocados a concurso 500 hectares de madeira de criptoméria certificada pelo FSC, sendo que grande parte dela tem como destino a exportação.

 

“Naturalmente, o desafio do Governo e dos investidores é que a criptoméria seja ainda mais valorizada e consiga encontrar mercados capazes de reconhecer as qualidades desta madeira”, frisou João Ponte.

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