X
15%

Governo dos Açores lança plano de ação para a redução do consumo nocivo de álcool

O Secretário Regional da Saúde apresentou hoje, em Angra do Heroísmo, o Plano de Ação para a Redução dos Problemas ligados ao Consumo de Álcool, que aposta na redução da oferta e da procura, com metas definidas até 2020.

 

“Estamos perante uma estratégia regional que, pela primeira vez, intervém em dois circuitos essenciais, o da venda e o da compra de bebidas alcoólicas, e, por isso, estamos confiantes nos resultados”, afirmou Rui Luís.

 

No eixo da redução da procura, este Plano prevê, entre outras medidas, ações de formação e sensibilização junto da população e profissionais, bem como a implementação do Fórum Regional do Álcool e Saúde, numa estratégia integrada ao nível da prevenção, dissuasão e minimização do consumo, tratamento e reinserção.

 

Por outro lado, na vertente da redução da oferta, estão previstas, entre outras medidas, a alteração da idade mínima para venda e consumo de bebidas alcoólicas, para os 18 anos, a alteração dos licenciamentos dos festivais e bares e o estabelecimento de boas práticas de comercialização de bebidas alcoólicas a crianças e jovens.

 

A Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências, que também esteve presente na apresentação deste plano, salientou a necessidade de “uma abordagem prioritária a esta problemática, que traz preocupações acrescidas ao nível da saúde pública”.

 

O Relatório Anual de 2015 do Serviço de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências indica que existem heterogeneidades regionais entre o continente e as Regiões Autónomas, fator evidenciado através das taxas regionais de anos potenciais de vida perdidos por doenças atribuíveis ao álcool.

 

Nos Açores este registo foi de 253,1 anos por 100.000 habitantes, tendo a taxa a nível nacional sido de 221,3 anos.

 

De acordo com aquele relatório, e o inquérito aplicado no Dia da Defesa Nacional, a prevalência de consumo ao longo da vida nos Açores foi de 86,5%, nos últimos 12 meses de 80,2% e nos últimos 30 dias de 59,9%.

 

“As intervenções no âmbito deste plano pretendem ser transversais e aplicadas ao longo de todo o ciclo de vida e nos diferentes contextos relacionais, como seja a família, a escola ou a nível laboral”, frisou Suzete Frias.

 

A Diretora Regional adiantou que se pretende, em três anos, “reduzir as prevalências de consumo nas crianças e jovens, diminuir o número de condutores mortos em acidentes de viação por via do consumo e reduzir a taxa de potenciais anos de vida perdidos devido ao álcool”.

 

Deste Plano de Ação para a Redução dos Problemas ligados ao Consumo de Álcool decorre a criação do Fórum Regional do Álcool e Saúde, uma plataforma em que um conjunto alargado de entidades aderem a uma carta de compromisso, com o objetivo de operacionalizar as metas e os objetivos do plano.

Pontos de Interesse