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Governo dos Açores promove experiência piloto para quantificar resíduos a bordo de embarcações de pesca

O Diretor Regional das Pescas alertou que, “se nada for feito, daqui a 20 anos o mar terá mais lixo do que peixe”, salientando que “todos os anos são lançadas para os oceanos cerca de 10 milhões de toneladas de plástico”.

 

“Estamos a plastificar o mar”, afirmou Luís Rodrigues, que falava sábado, em Ponta Delgada, durante uma ação de recolha, triagem e pesagem de lixo do maior palangreiro dos Açores, no âmbito da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos.

 

Durante esta semana, foram produzidos a bordo do ‘Íris do Mar’ cerca de 70 quilos de resíduos, dos quais 16 quilos de plásticos.

 

Segundo Luís Rodrigues, com esta iniciativa também se pretendeu “avaliar as boas práticas de gestão do lixo” levadas a cabo pelas embarcações de pesca da Região.

 

No sentido de recolher informação que permita realizar uma estimativa sobre a quantidade de lixo produzido a bordo, o ‘Íris do Mar’ contabilizou durante seis meses os resíduos produzidos.

 

Segundo os dados recolhidos, “estima-se que, por ano, um palangreiro produza cerca de 500 quilos de plástico”, disse o Diretor Regional.

 

“É um número assustador se pensarmos que muitos destes resíduos podem ir parar ao mar”, afirmou.

 

No âmbito da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos foram ainda promovidas várias ações de sensibilização, em parceria com a Direção Regional dos Assuntos do Mar, que produziu mensagens que foram transmitidas, via rádio VHF, a todas embarcações de pesca regionais.

 

De forma a sensibilizar os armadores e pescadores açorianos para a problemática do lixo marinho, a Direção Regional das Pescas lançou ainda o conceito ‘EcoEmbarcação’, que pretende premiar as embarcações com a melhor conduta na separação e reciclagem de resíduos.

 

Esta iniciativa, que conta com a colaboração da Federação das Pescas dos Açores, vai decorrer em todo o arquipélago.

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