O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas considerou hoje, em Ponta Delgada, ser “fundamental” articular a ação política e as economias entre os arquipélagos da Macaronésia.
“Fizemos aqui um avanço muito importante no que diz respeito à articulação política entre nós, fomentando um projeto que visa a integração, quer em termos de pessoas, quer em termos de cultura, transportes e economia”, afirmou Rui Bettencourt no final da reunião da Comissão Técnica de Acompanhamento da Conferência dos Governos da Macaronésia (CGM), sublinhando que isso pode permitir aos Açores “ter uma visão muito mais alargada do que é a Macaronésia e, sobretudo, fazer uma complementaridade das economias”.
Para o titular da pasta das Relações Externas, existe “uma realidade muito importante na Macaronésia”, salientando o facto da sua população representar um total de 3,5 milhões de habitantes, quando nos Açores a população é de 250 mil habitantes, pelo que desta forma passam para “um espaço muito mais alargado”, não só geográfico, mas também em termos de mercado, daí a importância da articulação e complementaridade entre os arquipélagos.
Esta primeira reunião da Comissão Técnica, que foi presidida por Rui Bettencourt, decorreu no seguimento da II Cimeira dos Arquipélagos da Macaronésia, que teve lugar em junho, nos Açores, detendo atualmente a Região a presidência da Conferência dos Governos da Macaronésia.
“Nesta reunião decidimos um certo número de pontos importantes para avançar” adiantou o governante, referindo que “foi feita uma partilha por quatro áreas de grande importância para a Macaronésia nos próximos anos”, em que cada um dos arquipélagos ficará responsável pela coordenação e dinamização destas áreas.
No caso dos Açores, foram as áreas da Investigação, Desenvolvimento, Energia e Alterações Climáticas que ficaram à sua responsabilidade, enquanto as outras áreas (Economia do Mar; Promoção do Comércio, Turismo e Investimento; Juventude, Cultura e Cidadania) ficaram atribuídas aos outros arquipélagos da Macaronésia – Cabo Verde, Canárias e Madeira – funcionando a sua coordenação de forma rotativa e durante dois anos, como acontece com a presidência da CGM.