O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou a abertura de 14 vagas no corpo de guardas florestais dos Açores, para dar uma maior resposta às diferentes valências da sua responsabilidade.
“O Governo Regional tem promovido, ao longo dos anos, a renovação geracional através da admissão de novos guardas. Só assim é possível garantir vitalidade, motivação e fortalecimento do espírito de classe”, afirmou João Ponte, que falava sábado, na Lagoa, nas comemorações do XXII Dia Regional do Guarda Florestal.
Os Açores dispõem atualmente de 54 guardas florestais em oito das nove ilhas do arquipélago.
Na sua intervenção, João Ponte destacou que estes profissionais são essenciais para pôr em prática a estratégia de gestão responsável e sustentável da floresta, uma vez que estão diariamente no terreno.
“Estes profissionais têm dado um contributo muito relevante e têm um papel central ao nível da preservação, fiscalização, defesa e evolução da floresta dos Açores”, frisou, acrescentando que, devido à multiplicidade de funções, é necessário proceder a uma permanente atualização de conhecimentos.
Este ano, a formação e atualização de competências esteve muito centrada no novo diploma sobre o regime jurídico da gestão dos recursos cinegéticos e do exercício da caça no arquipélago.
O Secretário Regional da Agricultura e Florestas reconheceu que a dignificação da profissão de guarda florestal passa por concluir o mais breve possível o processo em curso de revisão da carreira e do estatuto profissional.
“Gostaria que ficasse claro que o Governo não está parado nesta matéria”, assegurou João Ponte, explicando que o que será feito é “integrar normas respeitantes à carreira de guarda florestal no diploma da orgânica da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, cujo processo está em curso”.
Quanto ao regime jurídico que regulará as questões relacionadas com a atividade de polícia florestal, João Ponte referiu que “será criado através de um diploma próprio da Assembleia Legislativa, que se pretende seja aprovado em Conselho de Governo no decorrer do presente ano”.
João Ponte frisou que a floresta é um elemento estruturante da paisagem açoriana, possui uma importância económica considerável e um potencial de expansão enorme, mas também tem um papel determinante no ordenamento do território, sendo por isso mesmo útil estabelecer “compromissos duradouros entre a exploração e a preservação dos recursos”.
“Esta é uma tarefa que toca a todos, para termos mais e melhor floresta nos Açores”, afirmou João Ponte.