A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas assegurou hoje que o Governo dos Açores vai intervir para repor a circulação rodoviária e pedonal na estrada de acesso ao Portinho das Capelas, em S. Miguel, “para aquelas que são as suas valências imprescindíveis”.

 

“O Portinho das Capelas é um porto de abrigo. É utilizado por muitos pescadores também de outras zonas da ilha, tem normalmente seis ou sete embarcações, mas tem outra utilização não tão regular, como porto de abrigo, e, portanto, temos que assegurar que essa valência do portinho continua a ser possível e temos que repor a estrada”, afirmou Ana Cunha, no final de uma visita ao local onde ocorreu uma derrocada.

 

Ana Cunha salientou também a necessidade de garantir que a autarquia local continue a ter acesso, porque “a Junta de Freguesia das Capelas é que faz a manutenção do portinho e dos seus equipamentos”.

 

A titular da pasta das Obras Públicas frisou que vão ser estudadas “as diversas soluções técnicas para repor a circulação na estrada o mais rapidamente possível”, mas acrescentou que, uma vez que envolve a elaboração de projetos e um relatório definitivo do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), não é previsível que seja num espaço muito curto de tempo, assegurando, no entanto, que “dentro dos próximos meses teremos a solução definitiva delineada”.

 

Para já, “ainda numa apreciação preliminar e em recomendações preliminares, o LREC indicou que será necessário fazer um reforço do talude na base, onde houve a derrocada”, que foi motivada pela erosão natural do mar.

 

“Verifica-se que, na base, o talude está instável e, portanto, há que reforçar primeiro a base do talude e, posteriormente, intervir na estrada regional”, sublinhou Ana Cunha.

 

A estrada encontra-se intransitável, não sendo sequer aconselhável a circulação pedonal.

 

Nesse sentido, a Secretária Regional apelou à compreensão das pessoas para que, nesta altura, não se desloquem para aquele local, apelando também aos utilizadores do portinho para que utilizem apenas o acesso por via marítima “porque a estrada está perigosa”.

 

Ana Cunha adiantou que o LREC vai entregar o seu relatório, “propondo as medidas que entende adequadas”, seguindo-se uma fase de projeto, o procedimento concursal público para adjudicação do projeto e depois o procedimento concursal para adjudicação da obra.

 

Assim sendo, “não serão repostas as condições, de imediato, nem num curto espaço de tempo. Temos ainda alguns meses de trabalho pela frente”, afirmou a Secretária Regional.